Novo governo terá que utilizar recursos dos cofres públicos para readequar o espaço com as devidas exigências e atender a população corretamente
Mesmo com um gasto de R$ 2,3 milhões, Unidade foi inaugurada com problemas em sua estrutura e sem alvará de licença de funcionamento
Após a Unidade de Pronto Atendimento 24h ser inaugurada no final de dezembro de 2016, com controvérsias, a nova administração assumiu o governo e a secretaria de saúde encontrou um local completamente inviável para a população.
Agora, os guairenses questionam o prefeito sobre quando a UPA iniciará suas atividades. Porém, o espaço já apresenta problemas em sua infraestrutura, entre rachaduras e pequenos danos; não há equipamentos (precisam ser licitados) e há necessidade de avaliação técnica do Departamento de Obras e alvará de licença de funcionamento, o que impede a abertura das portas para a comunidade.
Em contato com a prefeitura, foi declarado que o local teve que sofrer uma reforma antes mesmo de ser inaugurado. “E ainda serão necessárias alterações na parte elétrica, fazer o fechamento na área posterior da unidade e licitar 30% dos aparelhos essenciais.”
“Não adianta colocá-la em funcionamento sem poder atender a população adequadamente. Seríamos irresponsáveis”, afirma o secretário de saúde, Jorge Watanabe. “Na verdade, a UPA nunca funcionou, somente foi inaugurada”, completa.
Sobre o quadro de servidores para a Unidade, o governo explica que, em um primeiro momento, os cargos serão completados por profissionais concursados que já trabalham para o município.
O chefe do setor confirma que não há previsão para o início das atividades, pois é fundamental a sua reestruturação. “O recurso deverá ser do governo municipal. As verbas do governo Federal já foram totalmente gastas”, informa Jorge.
A UPA em Guaíra
Localizada na Avenida Antônio Fischer, esquina com a Rua 30 do Bairro Campos Elíseos, a Unidade de Pronto Atendimento foi inaugurada no dia 28 de dezembro do ano passado, após três anos em obra; um projeto de R$ 2,3 milhões, financiados pelo governo federal, mais R$ 600 mil de contrapartida e equipamentos arcados pela prefeitura.
Apesar de todo este dinheiro gasto na construção e com os materiais, o prédio não recebeu o alvará de licença de funcionamento, pois não estava adequado com as exigências, além de apresentar diversas falhas em sua estrutura.
O objetivo da unidade será substituir o Pronto Socorro, com maior eficiência aos pacientes, pois a esfera federal destina recursos mensais para o seu custeio. Atualmente o atendimento de urgência e emergência na saúde pública é praticamente todo pago com recursos do orçamento do município.
A população espera que a atual administração consiga realizar os reparos sem onerar mais os cofres públicos para receber um atendimento de emergência de qualidade.