O local foi alugado com a intenção de abrigar uma Agência de Formação Profissional e Empregabilidade. Projeto até agora não concretizado. A prefeitura pagou R$158.600,00, além das despesas com a reforma, enquanto o prédio ainda se encontrava vazio
Nesta semana, o prefeito de Guaíra, Sérgio de Mello, esteve em duas rádios locais, conhecidas por apoiarem sua gestão, e justificou a ação judicial em que bloqueia seus bens e do vice-prefeito Denir Ferreira, dizendo que o prédio do antigo Soares/Ouro Branco apenas foi alugado por esses anos, pelo valor mensal de R$8.800,00 porque abrigaria a ETEC na cidade.
Mas, apesar do prefeito utilizar a Escola Técnica como justificativa para gastar, com o aluguel do espaço, R$26.400,00 em 2013, R$105.600,00 em 2014 e R$52.800,00 até julho de 2015, no ano passado o vice-prefeito havia dito que o local foi alugado inicialmente para abrigar a Agência de Formação Profissional e Empregabilidade, o que não aconteceu e apenas em abril deste ano a prefeitura passou a utilizar o prédio colocando alguns setores da administração.
Em dezembro de 2013, com apoio do vereador José Reginaldo Moretti e do deputado estadual Roberto Engler, Sérgio de Mello teve audiência com a direção do Centro Paula Souza com objetivo de oferecer o prédio do Soares para a instalação da ETEC. Entretanto, o Centro Paula Souza não aprovou o espaço e preferiu outra opção apresentada pelo município, que foi a Escola Maria Auxiliadora.
Durante sua entrevista às rádios, o prefeito de Guaíra foi enfático ao afirmar que ele conseguiu trazer a ETEC para Guaíra, porém é de conhecimento de todos que o vereador José Reginaldo Moretti e o deputado estadual Roberto Engler foram responsáveis pela vinda da escola técnica, sem a participação de Sérgio.
Sérgio de Mello tenta justificar a locação, mas antes de definir que a ETEC utilizaria o prédio, a prefeitura já havia feito o contrato de aluguel por cinco anos quando o espaço abrigaria a agência de Empregabilidade, projeto idealizado pelo vice-prefeito Denir Ferreira dos Santos, quando este foi Secretário da Indústria, Comércio e Emprego e até agora não concretizado.
O prefeito agora alega que a utilização do espaço, reunindo vários setores, economizará gastos com aluguéis em torno de R$120.000,00 ao ano, mas não comunica que pagou R$158.600,00, além das despesas com a reforma, enquanto o local ainda estava vazio.
Sérgio ainda aproveitou o espaço das rádios para enfatizar que esta folha, juntamente com a rádio Cultura, são responsáveis por “atrapalhar sua gestão”, alegando que as denúncias feitas são frutos de perseguição, pois seu trabalho já é conhecidamente íntegro. Ele criticou a imprensa por ter divulgado a matéria sobre a medida liminar deferida contra ele e seu vice, por consequência da locação do prédio localizado na Avenida 9, nº 901, afirmando que os meios de comunicação publicaram a notícia de “má fé” e os responsabilizou pela repercussão da condenação da região, numa tentativa de tirar o foco do trabalho que deveria fazer, mas não está realizando.