Teste rápido da Unicamp detecta Zika em 5 horas

Agora
Guaíra, 11 de fevereiro de 2016 - 14h04

O teste tem eficácia de 100%, segundo a pesquisadora, e representa considerável avanço no controle do vírus

 

Os laboratórios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) iniciam na próxima segunda-feira (15) testes rápidos para o vírus da Zika. O teste de sorologia será feito em amostras de sangue, urina e saliva. O método identifica e diferencia a Zika em relação a outros vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, como dengue e Chikungunya. O resultado sai em cinco horas.
De acordo com a coordenadora de pesquisas da universidade, Clarisse Arns, o teste foi desenvolvido pela força-tarefa que estuda o vírus em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp). O teste rápido tem eficácia de 100%, segundo a pesquisadora, e representa considerável avanço no controle do Zika vírus. Atualmente, o exame é realizado apenas em sangue e o resultado demora pelo menos uma semana.
Inicialmente, os testes estarão disponíveis para pacientes do Hospital das Clínicas de Campinas e da rede pública municipal. Em uma segunda fase, serão atendidos casos suspeitos de cidades da região, como Sumaré e Hortolândia. Até agora, foram confirmados cinco — dois em Sumaré e um em Campinas, Americana e Piracicaba.
O Ministério da Saúde promete também para este mês a distribuição de kits de testes rápidos de Zika para laboratórios de todo o país. Esse foi desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é ligada ao governo federal. O teste permite realizar a identificação simultânea dos vírus de dengue, Chikungunya e Zika em uma mesma amostra de sangue.

 

Ribeirão Preto

O secretário de Saúde de Ribeirão Preto, Stênio Miranda, já prevê que o número de casos de Zika vai se igualar aos de dengue na cidade, em razão do rápido avanço dessa doença. “Se nossa projeção para janeiro é de 2 mil casos de dengue, a incidência de Zika deverá ser dessa mesma ordem”, afirmou, em nota oficial em que negou que haja caos na saúde na cidade, como mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta semana.
“Há sobrecarga, sim, as equipes de assistência estão trabalhando intensamente, há grande número de pessoas nas unidades — metade ou mais é acompanhante –, mas não há nada parecido com o caos”, disse Miranda. “Caos seria se não houvesse atendimento, se faltassem medicamentos… se houvesse mortes sem assistência. Não há nada disso em Ribeirão Preto.”

Fonte: O Estado de S. Paulo


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