Vereadores pedem que prefeito priorize necessidades do município ao invés de festa do peão

Geral
Guaíra, 18 de março de 2016 - 12h01

Os parlamentares destacaram diversos problemas da cidade, enquanto Sérgio de Mello tenta repassar mais de meio milhão para a festa do peão deste ano, entre eles: infraestrutura dos prédios públicos, falta de medicamentos e crise financeira das entidades

 

Durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada na terça-feira (15), a maioria dos vereadores, inclusive da base aliada do prefeito Sérgio de Mello, pediram para que o Chefe do Executivo priorize as reais necessidades do município ao invés de destinar verba de mais de meio milhão de reais para a concretização da festa do peão de Guaíra 2016.

Os pronunciamentos foram feitos após Sérgio de Mello declarar que insistirá na realização do evento e que irá encaminhar novamente para a Casa de Leis um projeto de convênio, no valor de R$ 540 mil, para que a festa seja organizada em maio.

Além da infraestrutura precária nos prédios públicos, os parlamentares destacaram a falta de medicamentos no setor de saúde, os problemas com a iluminação pública, os buracos nas ruas da cidade, e até mesmo a crise financeira que as entidades assistenciais estão enfrentando.

José Reginaldo Moretti descreveu a situação crítica pela qual o PSF da Vila Aparecida enfrenta e a falta de medicamentos, enquanto prefeito organiza um projeto para o evento. “Ficamos revoltados ao ver um projeto da festa do peão de R$ 540 mil. Como ter esse dinheiro de quinhentos e quarenta mil para a festa? Não sou contra a festa, gosto do evento, mas não tirando dinheiro público enquanto poderíamos investir na compra de medicamentos e investir na assistência social do município”, destacou Moretti.

De acordo com o parlamentar Antonio Eurípedes da Silva, o Toin do Raio X, o prefeito Sérgio de Mello deveria priorizar as entidades assistenciais do município, que desde agosto do ano passado estão recebendo menores repasses do governo, o que está deixando as instituições em situação financeira calamitosa. “Vemos que as entidades estão passando por dificuldades. Esses R$ 540 mil dava para resolver o problema; ao invés de fazer a festa, poder repassar às entidades que, segundo a administradora Carla, do Asilo, estão em tempo de fechar por falta de recursos. Acredito que esses 13 vereadores trabalham em prol de fazer essa melhoria”, disse Toin. “Sabemos como é difícil se não tiverem recursos. No que depender desse vereador, e dos outros, lutaremos em prol dessas entidades”, completou em seu pronunciamento.

Já Ana Beatriz Coscrato Junqueira, a Dra. Bia Junqueira, rebateu as afirmações de Sérgio de Mello, durante coletiva de imprensa na última semana, em que ele afirma que esses eventos não beneficiam financeiramente as entidades.  “Sérgio disse, em entrevista, que prefere não envolver entidades na festa porque não dá lucro. Então, fiz um levantamento para rebater a alegação dele: nas três festas realizadas na gestão passada (2010 a 2012) chegaram R$ 400 mil de lucro para as entidades, inclusive beneficiando o Instituto Reviver, a APAMA, a Maria Peregrina, a Associação de Deficientes, entre outros. Então senhor prefeito, quando se tem vontade e capacidade, gera lucro sim para as entidades, agora quando se tem incompetência, aí não. Vamos esperar o que o prefeito vai mandar agora [de projeto] para a festa do peão, já que ele não desistiu, mas estaremos aqui [na Casa de Leis] esperando”, finalizou a vereadora.

 


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