100 dias de quarentena

Editorial
Guaíra, 2 de julho de 2020 - 01h52

O início do mês de julho marca, não só uma data informando que já vivemos a metade do ano de 2020, mas também os 100 dias de recolhimento impostos através de uma quarentena de grandes desafios.

Infelizmente o resultado disso são avassaladores: Perdas de emprego, falta do sagrado salário, a economia batendo os R$ 73 bilhões de prejuízo, tudo isso sem falar nos danos causados, principalmente na saúde mental, incluindo aí as nossas crianças.

A bem da verdade, cada um de nós tem um drama particular para contabilizar. Aí entra o medo da perda efetiva de integrantes da família e dos conhecidos.

Não podemos dizer que foram 100 dias fáceis, pelo contrário, eles foram vividos um dia de cada vez, com certa irritabilidade ainda não se sabe de onde, com desavenças dentro dos lares e com pessoas desenvolvendo síndromes, ao ponto dos antidepressivos e remédios para dormir terem batido recordes de venda nas farmácias.

Assim, ansiedade, insegurança com dia seguinte, pânico ao ver o número de infectados e mortos subirem a cada manhã, são fatos que ficarão guardados na nossa memória e, oxalá, não arrastem danos maiores nas crianças, que não devem assimilar na sua essência o que é temer o invisível, não poder abraçar os entes queridos e ficar sem instrução presencial da escola.

Mas nem só de sustos foi feita esta quarentena: famílias ficaram mais próximas; aprenderam a lidar – a duras penas – com a personalidade dos filhos e do cônjuge; a serem “professores”;  a cozinhar e limpar a casa; não ligar para roupas; entre outros afazeres que antes eram esquecidos por causa do trabalho fora.

Nesta feita, todos aprendemos que a tolerância e a paciência são sentimentos que devem ser exercícios na prática, em valor da vida, e que são fatores primordiais para nossa sobrevivência.


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