Não temos notícias de nenhum município que tenha passado o que nossa pequena e querida Guaíra tem passado em termos de política.
Também não temos notícias de nenhum prefeito – e vice também – que tenha incidido sobre eles um período de angústia e incertezas, porque tudo relacionado à vida política das duas autoridades está nas mãos de Deus e da justiça.
Passamos um período turbulento outrora, quando José Pugliese – o Menininho – foi eleito prefeito para o período de 2001 a 2004, mas não chegou a tomar posse, foi acometido por uma doença fatal, que o levou do nosso convívio, assumiu o posto o seu vice, Dr. Orlando Junqueira, mas, por capricho do destino, depois de exatos um ano e sete meses, também veio a falecer deixando o cargo de prefeito para José Carlos Augusto que, na época, era o presidente da câmara.
Houve assim uma eleição chamada de “mandato tampão” e Zé Carlos Augusto ficou eleito como prefeito.
Naquela época, muitos hão de se lembrar, foi tudo muito triste pelas perdas de dois valorosos homens públicos, que muito fizeram por nossa cidade e que muito fariam, mas o destino não deixou de modo que as leis e tempo foram ajeitando tudo no seu devido lugar.
Agora, os tempos são outros!
Há uma angústia da espera por decisões. Há uma decisão na mão de Justiça – da qual respeitamos e acatamos qualquer que for o seu veredito – mesmo porque pela a opinião do povo da nossa terra, a sua vontade foi dada nas urnas e lá o resultado foi claro e objetivo: mais da metade dos votantes optaram por colocar Zé Eduardo e Renato Moreira de volta ao Paço Municipal.
No entanto, há um desgaste emocional sem sombra de dúvidas. Há também um tempo perdido retardando algumas decisões que, por mais que o prefeito interino venha fazendo um trabalho irrepreensível, a população quer ver seu prefeito e o seu vice escolhidos numa disputa legítima, legal e democrática pelo sagrado direito do voto!
Assim, vamos levando, um dia após o outro, em compasso de espera. Aliás, parece que a palavra “espera” tem sido a tônica dos últimos tempos: espera-se a volta do prefeito, espera-se a volta às aulas, espera-se a vacina e espera-se que a vida retorne ao novo normal.
Esta é nossa fé e a nossa espera!