A revolução dos bichos

Editorial
Guaíra, 29 de julho de 2020 - 23h09

Mais uma vez estamos recorrendo aos grandes clássicos da literatura mundial para fazer uma analogia (talvez ilógica) com os acontecimentos atuais.

“A revolução dos bichos” pode ser considerada uma fábula –moderna – escrita por George Orwell, que faz uma narrativa de uma insurreição dos bichos de uma fazenda contra seu dono.

Não deu certo! A revolução proposta pelos animais degenerou, progressivamente, para uma tirania ainda maior e mais opressiva do que a dos humanos.

No tempo de George Orwell não havia “lives”. Havia livros e habilidades! Os anos 80 foram pródigos em grandes talentos nas artes. Agora, a todo instante somos bombardeados por este recurso tecnológico – as “lives”. Recurso atual, moderno,  rápido e onde cada protagonista tenta colocar a sua verdade como forma de se fazer chegar até a população.

Nada contra! Aliás, foi através desse recurso tecnológico que Jair Bolsonaro chegou onde está!

Estas “lives” nos dão oportunidade de vermos um desfile! Não seria de bom tom dizer “desfile dos bichos”, porque os pobres animais não têm nada a ver com a corrida pelo poder. Mas estes animaizinhos  emprestam características, perpetuadas pela lógica, que bem poderiam ser análogas aos humanos, porque temos:  Lobos sorridentes em peles de cordeiro; Águias astutas;  Urubus (que não matam, mas esperam que alguém morra para se alimentar); Cães que ladram demasiadamente; Raposas velhas e ardilosas; Macacos que pulam de partido em partido, ops, desculpem o trocadilho, que pulam de galho em galho;  e não falta também nem o famoso  Pavão! Ah, este Pavão! Existem também as Corujas (sabidas e quietas); Papagaios ingênuos; Ursos que hibernaram durante estes últimos quatro anos e somente agora estão saindo para a caça… Uma fauna completa para distrair e até colocar – por que não? – as suas intenções futuras junto ao povo de nossa cidade.

“De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.” Isto posto, as fábulas sempre encantaram a humanidade, desde o tempo de Esopo elas vêm  cativando  as pessoas até chegar nas fábulas com viés social, religioso ou  político, mas, antes de mais nada,  qualquer semelhança com a política local será mera coincidência.


TAGS:

LEIA TAMBÉM
Ver mais >

RECEBA A NOSSA VERSÃO DIGITAL!

As notícias e informações de Guaíra em seu e-mail
Ao se cadastrar você receberá a versão digital automaticamente