Ainda a Odebrecht

Editorial
Guaíra, 30 de janeiro de 2016 - 09h07

A ex-dona de uma loja de material de construção e um prestador de serviço em Atibaia (SP) contaram à Folha de S. Paulo que a Odebrecht foi a responsável pela realização da maior parte das obras de uma reforma feita em um sítio, que seria frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também por seus familiares.

De acordo com a publicação, as obras, destinadas à reforma do local, começaram em outubro de 2010, período em que o ex-presidente cumpria o final do segundo mandato. A Odebrecht afirmou ao jornal que, depois de uma apuração preliminar, não encontrou indícios que apontem a relação da empresa com as obras em questão.

Lula preferiu não se pronunciar. Afirma-se que a propriedade tem 173 mil m² e está dividida em duas partes, sendo uma delas registrada em nome de Fernando Bittar, filho de Jacó Bittar, um dos fundadores do PT (Partido dos Trabalhadores) ao lado de Lula, e a outra em nome do empresário Jonas Suassuna, sócio de Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente, conhecido como Lulinha.

Patrícia Fabiana Melo Nunes, de 34 anos, antiga proprietária da loja de construção no interior de São Paulo, o Depósito Dias, onde teriam sido feitas as compras, declarou ao jornal que a Odebrecht teria gasto cerca de R$ 500 mil em materiais e afirmou que o valor era diluído em notas de várias empresas, mas, para ela, todas eram da empreiteira.

A então empresária citou o nome do engenheiro Frederico Barbosa, funcionário da Odebrecht, também responsável pela construção do Itaquerão. O engenheiro confirmou que trabalhou na reforma, mas afirmou que estava de férias no período e que teria prestado serviço de graça, além de negar conhecimento da ligação do sítio com o ex-presidente Lula.

Porém, a dona da loja aponta o engenheiro como a pessoa que teria pedido para que as notas feitas em nome da construtora fossem emitidas em nome de outras empresas e ainda admitiu que vendeu parte do material sem nota. Um motorista, que também trabalhava como marceneiro na obra, afirmou ao jornal que havia rumores de que o sítio seria para o Lula.

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