Segundo fontes das próprias autoridades competentes, uma UTI na Santa Casa poderá começar a funcionar, em nossa cidade, em cerca de 50 dias, se tudo sair como o pretendido.
Sabe-se que há processos licitatórios e também que a burocracia nunca agilizou qualquer empreendimento.
Para organizar estes leitos, houve a necessidade de se fazer uma parceria entre os governos estadual e federal e a Prefeitura, porque os ônus são sempre grandes.
Está mais do que claro que esta UTI será muito bem-vinda. Ela foi pretendida por vários gestores da nossa Santa Casa e, cá para nós, era mesmo uma calamidade que uma cidade do porte da nossa ainda tivesse que recorrer para as cidades vizinhas quando os casos de saúde ficavam mais graves e se necessitavam de um atendimento mais urgente e adequado. Vimos isso nesta pandemia! Quantas angústias, quantas procuras por atendimentos para os casos mais urgentes, quantas orações pedindo a providência divina, porque a providência humana estava no seu limite e com todos os recursos disponíveis esgotados!
Houve falta de planejamento, uma vez que, no auge da pandemia, não tínhamos este recurso que agora está dentro do proposto e ainda assim com a demora – se tudo correr como os conformes – de cerca de dois meses.
Se tivéssemos tido esta disposição, lá atrás, quando ainda não tivessem ocorrido as mortes, talvez, nossa situação não estaria num desonroso quarto lugar em número de mortos na nossa região. E nem estaríamos sendo motivo de noticiários nas redes televisivas com um assunto tão indigno.
Mas, por outro lado, ainda temos que nos rejubilar, porque a ação de se promover 10 leitos de UTI, com um custo mensal alto, ainda está valendo e possivelmente ainda irá salvar muitas vidas, uma vez que o perigo ainda nos ronda e o vírus (invisível e cruel) ainda está fazendo vítimas e ceifando vidas.