Até quando vai a quarentena?

Editorial
Guaíra, 29 de março de 2020 - 12h42

À medida que o tempo passa fica mais evidente o conflito entre a “Saúde” de um lado do ringue e a “Economia” do outro lado!  Isto não apenas no Brasil, mas no mundo. Não sabemos se haverá vencedores ou perdedores! Não sabemos de quem o juiz levantará o braço no final do tempo! Uma incógnita angustiante.

Assim, nos foi apresentado um toque de recolher apenas com um carimbo: execute-se! Uma espécie de prisão domiciliar, sem explicações de “até quando”. Apenas é para ficar e quem sair dela está lascado. Pode pegar a doença, passar para ouras pessoas e pode sim, até morrer!

Entramos nesta prisão por um decreto, um isolamento social, sem saber se há soluções para as consequências econômicas – que estão por vir – sem um acompanhamento psicológico, sem perguntar até quando o mundo pode ficar parado.

Mas, não é para o nosso bem? Para a nossa saúde física?

Só que ninguém pensou na Saúde Mental!

Existem pessoas que estão no seu limite, estão literalmente pirando! Os alimentos que foram estocados para passar – no mínimo quinze dias – estão no finzinho, tudo foi consumido na compulsão do “não saber ficar sem fazer nada”, sem saber como lidar com os filhos, como auxiliar nas atividades escolares, como conciliar os afazeres domésticos com tanta gente dentro de casa, como filtrar tanta informação que chega através dos noticiários televisivos, chegam pelo celular, pelos grupos do WhatsApp; são notícias desencontradas, inseguras, apavorantes!

E os números de óbitos crescem a cada noticiário! Dos infectados também! Estamos aprisionados e rodeados de notícias pessimistas. Às vezes aparece um textão, uma mensagem de esperança e de alento, mas são peças raras no mar de tanta amargura.

Alguns afirmam que esta quarentena vai até 7 de Abril, uma terça-feira de lua cheia, aliás, dia nacional do jornalista! Quiçá as autoridades nos libertem, mas com notícias boas, alvissareiras, que possamos sair de casa, encontrar os amigos do ambiente de trabalho e usufruir, novamente, do sagrado convívio familiar, usando o  item que reza na nossa constituição: “o direito de ir e vir”!

Quiçá seja verdade, por que São Paulo não é popularmente conhecida como a locomotiva do Brasil? Se a locomotiva não anda, como vai puxar os vagões?


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