A agência dos Correios já foi escolhida como a instituição mais confiável pela população, superando até os bombeiros. Mas, de repente, tudo mudou. Hoje, o mais comum é se ouvir reclamações de entregas não realizadas, carteiros que disseram que tentaram várias vezes sem sucesso, quando sempre tinha alguém em casa e outras queixas do gênero.
E agora, como cereja do bolo, apresenta um rombo de 1,3 bilhões de reais, mesmo tento toda a exclusividade do mercado para si.
Se confirmada, será o quinto ano consecutivo em que a companhia, que foi palco inaugural do mensalão há mais de dez anos, fechará no vermelho. Nos primeiros quatro meses deste ano, o prejuízo acumulado é de R$ 800 milhões.
Para tentar reverter a crise, o presidente Guilherme Campos propõe alterar o plano de saúde dos funcionários. A ideia é que a empresa, que hoje custeia, em média, 93% dos planos dos servidores, estendendo o benefício a cônjuges, filhos e pais, concentre-se em pagar 100% do benefício, porém apenas para funcionários ativos e aposentados, excluindo parentes.
“A única proposta hoje na mesa é essa: assumimos 100% do custo dos funcionários na ativa e dos aposentados e 15% do resultado do lucro da empresa iria para a folha de pagamentos para que os empregados optem por contratar com desconto o plano de parentes.”
Ao ser questionado sobre quando os Correios passarão a ter lucro para que a proposta seja concreta, o presidente da estatal disse que não há como calcular, mas destacou que tem “trabalhado para que o lucro venha o quanto antes”.
Em nossa cidade, supostamente por conta de número reduzido de funcionários, a correspondência tem sido entregue após o vencimento de alguns boletos gerando transtorno para o usuário.
Se a desconfiança chegou até os Correios, realmente o Brasil está de cabeça para baixo.