Nesta época – atípica, diga-se de passagem – que estamos vivendo, a cada dia somos surpreendidos com atitudes de alguns seres humanos. Alguns desses nos surpreendem pela falta de solidariedade, pela maldade e até pelo egoísmo! Outros, no entanto, e parecem ser uma grande maioria, nos surpreendem pelo gesto de solidariedade, pelo compadecimento pela dor do outro.
Vimos, aqui mesmo em nossa cidade, grandes gestos por detrás de grandes atitudes: costureiras fazendo máscaras de tecido e doando para nosso Hospital; Artesãs também confeccionando adereços de proteção e fazendo doação aos servidores; músicos tirando um pouco do seu talento para colocar nas redes sociais com a finalidade de entreter quem está em isolamento; educadores físicos colocando seus ensinamentos e exercícios dentro da casa dos idosos para tirá-los do sedentarismo; pessoas sem dons artísticos, mas se voluntariando para fazer pequenas compras para aqueles que não podem sair de casa; outros ainda oferecendo mantimentos para quem não tem o suficiente para comprar; os músicos do Coral Raízes – todos eles – alegrando as nossas manhãs com seus acordes musicais; nossos religiosos fazendo a sua Homilia e celebrando a missa, sem público, mas com a mesma vontade de servir como se os bancos estivessem cheios; pastores e pregadores levando a palavra de Deus como um alento nestes dias difíceis, enfim, são tantos os guairenses com a capacidade de doação que até emociona.
Nossas autoridades também deram o seu quinhão de contribuição: são 30% do salário do prefeito e do vice-prefeito, Zé Eduardo e Renato Moreira, que saem direto de sua folha de pagamento dessas duas autoridades para engrossar o caixa do combate a esta famigerada pandemia. O vereador José Mendonça também está doando parte de seu salário para entidades.
Em contrapartida estamos vivenciando os superfaturamentos nos equipamentos médicos comprados com o rótulo de “emergência” (que não precisa de licitações) nos grandes Estados dessa nação.
Não adiante nos escandalizarmos com estes governadores! Não temos forças suficientes para mudar o “estado quo” do que está enraizado no caráter de um político que superfatura um respiradouro, uma maca, um equipamento de proteção… E tem mais, são flagrados exigindo que superfature também o número de óbitos para justificar a emergência da compra de tais produtos.
Nossa esperança é que – quando tudo isso terminar – estas pessoas possam ser responsabilizadas pelos seus atos levianos.