Decisões tomadas!

Editorial
Guaíra, 16 de janeiro de 2020 - 11h40

Depois que um vídeo viralizou na Internet dando conta de uma desavença entre os moradores de rua que têm o hábito de se posicionar no entorno da nossa rodoviária, as autoridades se reuniram nesta quarta-feira, 8, para as devidas providências. No vídeo, ficam claros a agressividade, o palavreado de baixo calão e as ameaças vindas dessas pessoas.

Ficou acordado, entre as autoridades constituídas, que a segurança deverá ser intensificada naquele local, mas a bem da verdade, as pessoas que “moram” na estação da rodoviária, estão ali porque encontraram ressonância de alguns vizinhos que – por medo ou pena – os alimentam, dão dinheiro, oferecem bebidas… Inclusive, por ocasião do Natal, alguns cidadãos levaram até eles mantimentos oriundos de uma ceia como: pernil, frango e outros víveres, impulsionados, quem sabe, por um sentimento de solidariedade.

Não que as pessoas que estão ali, desamparadas, não mereçam comer uma ceia na noite de Natal. Mas o hábito de tornar a vida desses indivíduos mais amena, mais fácil, os incentiva a permanecer naquele local que abriga, cada vez mais um, que vai chegando e engrossando as fileiras dos “sem-teto”, vindos sabe Deus de onde.

Assim, quando bebem ou usam drogas, algumas dessas pessoas que tomam banho no lago, lavam roupa na rodoviária, que têm colchões para dormir, que abastassem os seus celulares com a energia do seu entorno, ficam agressivas e qualquer motivo é motivo para começar uma briga. Há restaurantes que dão marmitas – todos os dias – para estas pessoas num ato de solidariedade, mas estas atitudes que parecem adequadas, muitas vezes prejudicam, por isso mesmo há um apelo vindo das autoridades que conhecem o comportamento humano, para que não se dê dinheiro, não se alimente  e nem se colabore para o seu conforto, porque alguns deles não são amistosos e nem agradecidos.

Os comerciantes daquela rua se encontram encurralados dentro das suas empresas, são ameaçados, incluindo com armas brancas e de fogo diante de seus familiares, com crianças e idosos  e a clientela sumiu. Não dá para se sentar e pedir um lanche ou equivalente e ficar tranquilo, sem sentir a insegurança de um tom ameaçador.

Não será sem tempo que as medidas acordadas com as autoridades  deverão ser  colocadas em prática imediatamente! Se isso não acontecer vamos correr o risco de formar, ali, bem perto do Cartão Postal da nossa cidade, uma “mini cracolândia”, porque esses desabrigados têm até um líder que os orientam e decide qual atitude tomar. Não aceitam conselhos e desenvolvem um ranço com aquelas pessoas que eles acreditam que os denunciou para a polícia.

Estamos hipotecando nossa confiança nas autoridades esperando que este caso – que já está enraizado há tempos naquele local – seja erradicado de uma vez por todas.

Fonte: Jornal O Guaíra 09/01/2020


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