Nosso presidente Michel Temer perdeu a oportunidade de ficar calado quanto ao discurso que fez no dia Internacional das mulheres.
Um senhor, já entrando nos seus 75 anos de idade, não viu a evolução das mulheres? Parece não enxergar o desenvolvimento ao seu redor. Seu discurso talvez fosse bem recebido pelas Amélias da década de 1940, mulheres que não tinham “a menor vaidade”, cantadas por Mário Lago e Ataulfo Alves.
Em um dos trechos do seu pronunciamento, Michel Temer disse que a mulher ainda é tratada como “figura de segundo grau” no Brasil.
Ao citar a participação em movimentos sociais e no Congresso Nacional, Temer afirmou que as mulheres deram ao longo do tempo “colaboração extraordinária” ao Brasil. Foi, então, que ele disse que na economia, a figura feminina também tem “grande participação”, porque “ninguém mais é capaz de indicar os desajustes de preços no supermercado do que a mulher.”
Mais cedo, nesta quarta, Michel já havia divulgado um vídeo sobre o Dia da Mulher nas redes sociais no qual afirmava que a “preocupação com a posição da mulher” na sociedade deve ser constante.
Acompanhado da primeira-dama, Marcela Temer, o presidente também afirmou no evento desta quarta no Planalto que, se a sociedade “vai bem”, é porque as pessoas tiveram uma formação adequada em casa, e “isto quem faz não é o homem, quem faz é a mulher”.
Ao transportar essa mulher com aroma de passado para 2017, Temer produziu uma hedionda anti-homenagem. Perdeu uma excelente oportunidade de ficar quietinho!