Desrespeito que mata

Editorial
Guaíra, 23 de junho de 2020 - 09h37

“Um passo para trás para que possamos seguir em frente”, com estas palavras nosso prefeito Zé Eduardo determina que a partir de hoje as medidas para conter o vírus serão mais duras. Todas as ações reorganizadas foram amplamente informadas através  da mídia e das redes sociais.

Nosso prefeito foi eleito para organizar a cidade; para administrar o erário e os bens públicos; para sanar os problemas que as cidades apresentam relacionadas ao conforto de se ter à mão iluminação, água, todos os etcs de prestações de serviços que uma cidade necessita; agora, nosso prefeito tem também que administrar a consciência particular de cada cidadão. Tem que direcionar o seu comportamento e apelar para o seu bom senso e não raro usar da força policial para chamar o cidadão à realidade e tentar salvar a sua vida e a do seu próximo.

Graças a Deus, Zé Eduardo é um homem de bons princípios, tem valores adquiridos em um lar sólido, tem formação e caráter próprios de um bom ser humano, tem credibilidade, tanto que as novas determinações de “um passo para trás” foram bem recebidas pela grande parte da população, como vimos nas participações através do Facebook. Evidentemente, não houve unanimidade ao abraçar mais uma semana de comércio fechado, isso seria impossível, mas a grande maioria está unida com a ideia de salvar vidas e fazer abaixar a curva da contaminação pelo Covid-19 em nossa cidade.

Sem querer parecer pessimista, mas a desobediência parece estar ainda bem forte nas atitudes do guairense. Ele se acha super-humano, mesmo que isso custe vidas de alguns.

Porém, não somente nossos concidadãos estão sozinhos nesta desobediência:  em Barretos existem mais três casos de médicos contaminados, a despeito de um pediatra muito querido já ter perdido a luta para o vírus. Por lá e por todo o Brasil há informações de festas, de comemorações, de aglomerações, de bailes,  de descumprimentos com praias cheias no litoral; festas  de arromba promovidas por autoridades, com é o caso em Sergipe, de um deputado que comemorou seu aniversário; em Brasília, uma socialite fez um aniversário e os convidados tinham que passar pelo crivo de duas enfermeiras, paramentadas e munidas com aparelho medidor de temperatura e álcool gel na entrada do evento.

É o desrespeito, é a desobediência,  é a dificuldade de se adaptar a uma nova realidade. Decretos e leis são feitos para serem cumpridos. Também não é hora de apontar o dedo ou de fazer caça às bruxas, mas é hora sim de se  conscientizar e cada um fazer a sua parte. Mais uma vez citando a Bíblia: “Faça tua parte que Te ajudarei”.

 


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