Em Guaíra não foi diferente

Editorial
Guaíra, 10 de outubro de 2019 - 10h18

Os informativos dão notícias de que as eleições para os conselheiros tutelares bateram recordes em todo o Brasil. Em nossa cidade não foi diferente! Este ano houve disputas acirradas entre os candidatos e democraticamente venceram os cinco melhores votados. O cidadão guairense também compareceu em número maior para votar este ano.

Há notícias, no entanto, que nem tudo foram flores nas grandes capitais. Houve suspensões de votações pelos mais diversos problemas. Velhos problemas conhecidos, como a ”boca de urna”, compra de votos por exemplo, até impugnação de candidatos, de última hora, tumultuaram algumas votações.

Em Guaíra nada disso ocorreu! Muito pelo contrário, tudo transcorreu na mais perfeita ordem. Só para se ter uma ideia, na cidade do Rio de Janeiro 107 mil pessoas deixaram de ir às praias para votarem nos conselheiros tutelares.

Tal fenômeno deve-se ao fato de que o brasileiro está cada vez mais politizado, cada vez mais antenada aos problemas da sua cidade, mesmo porque quem é eleito recebe salário, pago pelo povo.

Órgão autônomo eleito pela sociedade, o Conselho Tutelar é responsável por acompanhar menores em situação de risco e denúncias sobre ataques ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os conselheiros atuam em parceria com escolas, organizações sociais e serviços públicos e podem ser acionados por qualquer cidadão por meio de denúncias anônimas. De acordo com o estatuto, deve haver, pelo menos, um conselheiro tutelar em cada município do país, em nossa cidade são cinco os escolhidos.

Uma das características desta eleição é o seu caráter não obrigatório. Trata-se da única eleição que delega poderes a um cidadão de forma facultativa, ou seja, o eleitor não vai votar por ser obrigado, vota por causa do candidato. Em tese, essa é certamente a forma mais democrática de participação eleitoral.

Embutido nesta eleição para o conselheiro tutelar, está um termômetro, pelo menos em uma cidade pequena como a nossa em que todos se conhecem, avalia-se o candidato pelo grau de trabalhos já prestados à sociedade e outros atributos que só mesmo quem vota sabe aferir.

Em tese todos os candidatos são considerados aptos porque estudam as leis que regem o estatuto, fazem uma avaliação e se dedicam – de corpo e alma – quando eleitos, a minimizar os efeitos das injustiças sociais nas crianças e adolescentes. É bom que se diga que embora algumas pessoas confundam, não há nada a ver esta  eleição do Conselho Tutelar com as eleições partidárias. Sempre é bom lembrar…


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