Gritaria geral

Editorial
Guaíra, 3 de setembro de 2020 - 15h52

As donas de casa – verdadeiras economistas domésticas – se mostram estarrecidas com os preços dos gêneros alimentícios que estão sendo praticados nos supermercados da vida.

O fenômeno dos preços altos não é privilégio de nossa cidade. Por aqui somos apenas mais um exemplo dessa consequência funesta da pandemia. Isto está acontecendo no Brasil inteiro e a gritaria vem de todos os lados.

O interessante é que somos (o Brasil é) tidos e havidos como o país do AGRO e isso nos remete a pensar que teríamos – em tese – produtos vindos do campo com preços menos abusivos. Assim, o que puxa este assunto para cima é o preço do arroz e do óleo de soja, principalmente estes, mas atrás deles vem o açúcar, o café, o leite, o feijão e por aí vai.

As donas de casa detectam qualquer aumento imediatamente porque são elas as “xerifes” dos supermercados. Estão lá, todos os dias, de listinha nas mãos, cortando os supérfluos e colocando nos carrinhos apenas o essencial para as refeições diárias das famílias.

Todos nós sabemos que o dinheiro está difícil, e nem adianta tentar enumerar as causas disso, porque cada família e cada trabalhador sabem muito bem a onde o sapato aperta.

Vale lembrar que temos plena consciência de que os grandes vilões não são os supermercados. Eles apenas repassam os preços vindos dos fornecedores. Deste modo não adianta fazer um movimento contra estes supermercados, temos sim que ir puxando o fio da meada para ver onde está o ralo, onde estão sendo escoadas as mercadorias e porque está se gerando estes preços tão altos, nunca vistos durante os últimos quinze anos.

Ultimamente o que mais se nota, como dissemos, através das redes sociais, do WhatsApp, dos grupos, é uma troca de informações e a pergunta é: “onde podemos comprar  sem pagar tão caro?”. Há até quem apele para que o PROCON entre em ação para dar um basta na subida dos preços.

Voltamos a reiterar: o problema não está aqui, na ponta da linha. Se houver algo para se fazer tem que primeiro verificar se não está havendo desabastecimento, se estas mercadorias não estão sendo estocadas exatamente para aguardar uma subida de preço, porque o brasileiro, a bem da verdade, pode passar sem muitos mantimentos, mas não fica sem o seu arroz com feijão na mesa, porque  estes   são os seus  alimentos sagrados de cada dia.


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