Inclusão social

Editorial
Guaíra, 10 de agosto de 2016 - 08h07

Bastou a primeira medalha de ouro brasileira sair de uma mulher, negra, pobre e favelada e o ódio social voltou a correr pelas páginas do Facebook.

De um lado, a extrema esquerda voltando a hostilizar os “coxinhas” por uma integrante de projeto social ter obtido sucesso.

Do outro, a extrema direita enaltecendo o fato de ser uma militar, sargento da Marinha Brasileira.

E no meio do caminho, Rafaela!  Uma menina pobre, favelada, negra e mulher, que cresceu de pés descalços por não ter dinheiro para comprar uma sandália de dedo. Dessas que hoje se dá de brinde em casamentos.

Cresceu com a ajuda de um projeto social, certamente, mas longe de ser ajudada pelo governo. Um projeto que nasceu do sonho de algumas pessoas, patrocinado a duras penas por empresas particulares, onde a única ajuda do governo foi permitir que funcionasse na legalidade.

E sabe porque dá certo? Exatamente por ser um projeto social particular. Porque as decisões são tomadas frente aos problemas reais, e não em ideologias. Que sabem que cada real mal aplicado é um risco à própria existência do projeto.

Existem milhões de Rafaelas esquecidas por aí e que continuaram esquecidas mesmo depois de 24 anos de ditadura militar e 13 anos de “projetos sociais” da esquerda.

Rafaela Silva é uma menina que mostrou, com um Ippon bem aplicado nesse pedaço de sociedade radical de direita ou esquerda, que, com luta, força de vontade e projetos sociais bem gerenciados sem viés ideológico e aparelhamento estatal, é possível sim vencer nessa vida.

Mostrou que o caminho certo, assim como a realidade dura – que as redes sociais tentam distorcer com ódio e preconceito – caminha sempre pelo meio.

É bem por aí!


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