Luto Oficial

Editorial
Guaíra, 11 de agosto de 2020 - 07h50

Como era previsto, o Brasil marcou, no final desta semana, a chegada fatídica de 100 mil mortes atribuídas pelo Coronavírus.

A rede Globo fez uma homenagem aos mortos, mais parecendo uma comemoração de Copa do Mundo e neste mesmo seguimento, o Congresso Brasileiro e o Supremo, através de seus presidentes, oficializaram quatro e três dias, respectivamente, de Luto Oficial.

Este luto Oficial corresponde a uma paralisação dos trabalhos dos parlamentares, que já vinham em passos de tartaruga, mas que só voltam aos debates, debates virtuais, diga-se de passagem, no final de semana, de modo que muitos assuntos que estavam tomando corpo para sua finalização foram parados.

Assim, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Dias Toffoli aproveitaram o infeliz acontecimento para subir no palanque virtual, com voz entristecida, e mandar as condolências para as famílias brasileiras, que perderam seus entes queridos. Aproveitaram também para alfinetar nosso presidente que dizem demostrar insensibilidade diante deste fato tão triste.  Voltaram a informar que o ex-ministro Mandetta já tinha antevisto essa fatídica marca de mortos.

Convenhamos, não precisa ser ex-ministro, nem médico, nem desafeto do Jair Bolsonaro para saber que este número, infelizmente, iria subir e até ultrapassar dos 100 mil mortos no Brasil, porque não tem vacina, não tem um projeto eficaz, não tem comando e  ninguém tem certeza de nada, nem aqui nem na China.

Também por aqui, as perdas fatais pela Covid-19 vão tomando vulto, os números vão subindo dia após dia, mas nenhuma autoridade municipal se valeu dessa tragédia para fazer a sua campanha política ou mesmo atingir o prefeito.

Todas essas autoridades parecem ter consciência que muito e tudo que estava ao seu alcance foi feito para barrar a disseminação do vírus.

Se os objetivos não foram alcançados na sua totalidade, a população deve ser responsabilizada. O guairense, durante os primeiros tempos da pandemia, pensou que não iria chegar em nossa cidade e que cada membro da nossa população estava imunizado, sabe-se lá por quem e o porquê. Este pensamento começou a mudar quando se tomaram consciência de que os infectados eram pessoas conhecidas, que o tratamento é difícil e sofrido e que pessoas da nossa sociedade começaram a perder seus entes. Ainda está subindo, paulatinamente, o número de contaminados;  não atingimos ainda nem o pico, nem o platô, de modo que não podemos e nem devemos baixar a guarda.

O vírus é real, é de difícil tratamento e, infelizmente, letal para muitos.

 


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