Passeando os olhos pelos “post” da Internet, uma figurinha nos chamou a atenção: uma ave-mãe tirou todas as penas de seu corpo para cobrir os seus filhotes que morriam de frio!
O mundo animal não cansa de nos dar exemplos de como existe este “outro” tipo de amor, que não se explica, mas que sentimos a grandiosidade que ele encerra.
Por aí vemos que ser mãe é muito mais do que gerar uma vida no ventre, muito mais do que sentir as dores do parto. É também mais do que passar noites a fio, acalentando o filho nos braços e buscando forças, sabe Deus de onde, para superar o cansaço.
E quando os filhos ficam doentes? As mães querem tirar aquele mal, aquela febre com as mãos e, se fosse imaginável, passar para si própria, porque não é possível existir dor maior do que ver um filho sofrer.
Ser mãe, é ajoelhar-se, todos os dias, diante de Deus e pedir pelos filhos, incansavelmente, incessantemente, eternamente, porque este “outro tipo de amor” é um elo tão forte que nada consegue romper! Nem uma epidemia, ou pandemia! Nada! Nem a distância, ou mesmo a morte.
Ser mãe é também entender que a distância física que agora se instala pode ser passageira, que não ficam tristezas pela falta do contato físico, do beijo, do abraço, porque o destino está apenas dando um tempo para que os futuros encontros sejam mais calorosos, mais cheios de amor reprimido.
Hoje, com certeza, as mesas da cozinha dos filhos estarão mais vazias, o fogão não estará cozinhando o alimento preferido dos entes queridos, pode não haver o som do riso dos netos, nem o corre-corre pela casa, mas é apenas uma data, haverá outros domingos, mais encontros, e como o ser humano é versátil na sua dor, saberá superar também mais esta mazela que o destino está nos apresentando de um modo tão cruel e tão desumano.
Assim, o computador, o celular, os tablets e outras máquinas, outrora tidas como frias e sem emoção, se encherão de sentimentos – bons sentimentos – e todo o carinho amordaçado pelo isolamento social, por alguns momentos, festejarão este dia das mães atípico, que há de ficar apenas na lembrança, nos dias futuros, quando tudo tiver passado, como mais uma das histórias para serem contadas de um tempo que – pasmem – os abraços e beijos foram proibidos!
Feliz dia das Mães!