O único “escurinho” que até então era cantado em prosa e verso era o “escurinho” do cinema. Quando o cinema ainda era uma fonte de diversão e lazer, muitos dos nossos assinantes hão de se lembrar, os bons sentimentos afloravam por ali. Bons filmes, boas companhias, bom entretenimento. Tudo movido a energia elétrica, um invento que – depois da roda – não há como ficar longe de seus benefícios.
Desta forma, de acordo com este pensamento, quando acontece um “apagão”, não há muitos motivos para comemorar!
Assim como não há motivos para celebrar a queda da Internet, quando ela ocorre, quando mais se precisa dela.
Na última terça-feira, 10, estava tudo preparado para se fazer uma “live” com pessoas de alto gabarito e conhecimento sobre o agronegócio e o que esperar dele após a pandemia, com os profissionais capacitados que foram requisitados para o fato. No entanto, não pôde “ir ao ar” por falta de potência da Internet. Foi uma frustração geral.
Logo em seguida veio o “apagão” da energia elétrica. Toda a cidade ficou às escuras e somente um ponto a favor dessa tragédia: já era altas horas da noite, de modo que o sistema que dá suporte para a economia da cidade não estava mesmo funcionando.
No entanto, isso (a falta de luz) proporcionou aos marginais invadirem e tentarem levar a moto de uma empresa que se localiza bem no coração da cidade.
Assim, de qualquer forma – o pane da Internet e a queda de energia elétrica – só causou prejuízos, porque, a bem da verdade, hoje somos escravos desses dois recursos. Ninguém e nada funciona sem o suporte dessas duas tecnologias. Além destes, há ainda a falta de água em diversas localidades da cidade.
Porém, mesmo causando danos e irritabilidade, não acreditamos que a Companhia de Energia e Força e Luz que abastece Guaíra fizesse este corte se não houvesse por trás disso um motivo maior.
Não é possível que esta empresa procedesse um desabastecimento de toda energia de uma cidade inteira sem um motivo de grande importância.
O grande problema é a falta de informação. É a falta de planejamento e aviso – com antecipação – para que a população não seja pega de surpresa, sem saber o que fazer, sem ter noção do tempo que se ficará sem este recurso e, enfim, se programar – seja da maneira que for – com velas, o fósforo por perto, lanternas, luminárias com pilhas, mas que haja uma programação e divulgação para todos nós.
Isso se chama “respeito” para quem paga e necessita do serviço prestado.