O novo normal

Editorial
Guaíra, 8 de julho de 2020 - 23h33

Estamos cada vez mais perto do que se chama de “novo normal” com a abertura gradual do comércio e por consequência da economia.

Mas, o que seria este “novo normal”?Seria, a grosso modo, um novo conceito de se encarar a vida.

Se alguém já esteve em algum país ou estados, como no sul do Brasil,  onde há períodos com neve, com muito frio, sabe que para se  viver em um centro urbano com essa condição climática, a pessoas  têm  que usar um “kit neve”, composto por gorro, cachecol, luva, bota, capote e lenço de papel. Sem esse kit, a pessoa está absolutamente desprotegida e correndo sérios riscos de ficar doente.

Esse “kit neve” dá um pouco de trabalho. Nos primeiros dias, a pessoa estranha muito. A tendência é ficar mais encolhido por causa do frio, ter certo mal-estar ao entrar em uma loja aquecida ou ao ter que tirar as luvas ao manusear um cartão bancário.

O que está sendo proposto, agora, é um “kit Covid”. Ou seja, um kit de segurança. Vamos ter que andar com máscara, mais contidos, menos expansivos. Guardando certa distância, talvez com luvas e, de certa forma, nos primeiros dias, vamos achar tudo muito estranho, mas a garantia da segurança de que não vamos ficar doentes e não transmitiremos doenças fará com que assimilemos esse kit de uma forma indolor.

Aí está o protocolo da “nova normalidade”. Tudo em nome da segurança.

Tudo isso seria bem absorvido por aqueles que desenvolveram a consciência de que cada um tem que fazer a sua parte para o Bem de todos.

Não é o caso de nossa cidade em sua totalidade. Por aqui ainda tem que haver uma fiscalização para o bom andamento do tal “Kit Covid”.

Impressionante que tenha que haver uma fiscalização para conter a contaminação.

Quase todos os dias há notícias de bares (e afins) que sofreram notificações por parte dos fiscais da prefeitura e que foram autuados por descumprimento dos protocolos exigidos.

Pode parecer, a priori, inconcebível que pessoas tenham que sentir a força da lei para preservar a sua vida e a do seu próximo. Esta prática teria, em tese, que partir da própria pessoa, da sua educação, dos seus valores.

Temos muito ainda que aprender com esta pandemia. O novo normal tem que passar pela mudança de conduta, só assim, poderemos olhar para trás e ter a certeza que vencemos, de fato, a covid-19.


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