O poder do “não”

Editorial
Guaíra, 4 de maio de 2020 - 22h44

Temos visto, nas esferas superiores, o quanto o voto de um parlamentar é decisivo na vida de quem paga o seu salário.

Por lá, são eles os nossos dignos representantes. Nós os escolhemos para isso mesmo, que estejam lá, falando por nós, decidindo por nós, analisando os projetos por nós. Diferente do STF, que não foram escolhidos por nenhum de nós, mas que se revestiram de um grau tão alto de decisão que, um só, somente um, decide barrar o nome indicado pelo Presidente da República para exercer o cargo na Polícia federal.

Por aqui temos também nossos representantes legais: os vereadores!

Nada, ou quase nada, pode ser feito sem o aval dos nossos onze escolhidos. O Prefeito dificilmente pode tudo. Seu poder da caneta é limitado, isso também faz parte da Democracia.

Assim, democraticamente, ficou decidido que as mudanças propostas pelo Zé Eduardo sobre a doação do terreno e novas diretrizes da empresa “Só fruta”, já instalada no nosso município, não seriam aprovadas porque não houve maioria dos votos para que isso acontecesse na última sessão da Câmara. Eram necessários oito votos a favor da proposta, mas só aconteceram sete. Quatro dos onze vereadores não atenderam às propostas do prefeito.

Seria bom para a cidade criar novas diretrizes e fazer a doação de terreno para aquela empresa?

Sete do onze vereadores acharam que “sim”, e os quatro vereadores cujos nomes já foram amplamente divulgados, acharam que “não”.

Como todos eles, espera-se que tenham se debruçado sobre o projeto, o estudaram, leram, analisaram e deram seu veredito, para nós, simples mortais, que não temos o tal poder do voto, ficamos apenas na torcida de que não houve, nesta decisão, a velha “politicalha” de simplesmente ser contrário ao prefeito porque a sua sigla tem a plataforma de ser oposição.

Quando os nossos onze vereadores foram eleitos, demos a eles “carta branca” para nos representar, para ser os nossos porta-vozes em uma casa onde dificilmente o cidadão comum tem a oportunidade de expor o seu ponto de vista e colocar as suas ideias. Os vereadores estão lá exatamente para isso, para fazer a representatividade – legítima e democrática – que todos nós demos a eles através das urnas.

Se eles acertaram ou erraram nas suas decisões, o tempo e as próximas eleições dirão!

 


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