O que acontece com o guairense?

Editorial
Guaíra, 24 de março de 2021 - 13h00

Nossa cidade sempre teve a notoriedade de ser um lugar bom de se viver. Quem ainda reside por aqui morre de amores por esta cidade, quem foi procurar a felicidade em outros lugares, nunca se esqueceu da Guaíra e morre de amores e de saudades por ela.

Guaíra é assim mesmo, desperta sentimentos ambíguos nos seus filhos. Agora, com esta pandemia, esta dualidade se manifestou de uma maneira mais acentuada,  de modo que podemos dividi-la em dois polos: os cidadãos  que  não se cuidam e aqueles que cuidam de si de seu próximo.

Não dá para acertar qual dessas duas partes é maior, mas dá sim para divisá-las perfeitamente: os que NÃO se cuidam estão por toda parte, não usam máscaras, não se resguardam, correm no calçadão da lagoa, frequentam festas, não saem dos bares, fazem piqueniques nas sombras das árvores do Parque, estacionam seus veículos em cima das calçadas, com som alto e latinhas na mão, promovem jogos de futebol com os amigos e lotam as casas de festas nos finais de semana. Levam a vida como se não houvesse um vírus rondando cada um deles. Estes podem até não se contaminar, podem também não manifestar nenhum tipo de sintoma (ou sintomas fracos feitos uma gripezinha), mas levam para seus familiares o fantasma invisível da morte.

Há, no entanto, dentro dessa mesma cidade, outro tipo de cidadão: o solidário, o parceiro, o voluntário, que sai de sua casa cedo, se paramenta com aventais, luvas, máscaras e uma dose de vontade de servir e vai enfrentar o calorão e o sol para estar a postos para receber, em nossa Praça Central, a  praça dedicada ao padroeiro  São Sebastião, outros cidadãos iguais a ele, também solidários, parceiros e amigos que levam alimentos, cestas básicas, produtos de limpeza, de higiene, para serem doados para  quem está com dificuldades nestes tempos tão difíceis.

Em dois dias, o guairense encheu dois caminhões não só de alimentos, mas de Esperança, porque quem sai de casa e leva uma sacolinha com um pouquinho de comida para seu semelhante, está colocando ali, naquele saquinho,  palavras invisíveis de incentivo, de carinho e de muito amor.

Este pequeno gesto é a repetição do verdadeiro preceito que o Altíssimo nos deixou: “Amar ao próximo como a ti mesmo!” Simples assim!


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