O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem 46 anos e presidirá a Câmara até o dia 31 de janeiro de 2017. Ele é o sucessor de Temer, seria como um vice-presidente, e venceu o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) por 285 votos.
Ao tomar posse como presidente da Câmara, na madrugada desta quinta-feira (14), Rodrigo Maia se emocionou ao falar de sua família. Ele agradeceu seus apoiadores, entre eles líderes da oposição. “Vamos, a partir de amanhã, tentar governar com simplicidade. Nós temos muito trabalho a fazer, nós temos que pacificar esse plenário. Nós temos uma pauta do governo para discutir, mas também uma pauta da sociedade, que é também muito importante. Rosso foi um grande adversário, é um grande amigo e é um grande parlamentar. Foi uma disputa limpa, na política. Isso é que é importante”, declarou.
Ao se dizer um homem emotivo, Maia confessou ter tomado três calmantes. Por conta do chamado recesso branco, Maia só deve comandar votações no plenário no mês de agosto.
Ele cumprirá o restante do mandato presidencial de Cunha, que renunciou ao cargo do qual estava afastado desde maio, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Como a votação foi secreta, é difícil precisar o apoio conquistado por Maia junto aos partidos da base de Dilma. No entanto, sabe-se que o PCdoB e o PDT, partidos da antiga base de Dilma Rousseff, decidiram apoiar Maia no 2º turno da eleição à presidência da Câmara.
Maia apoiou o impeachment e seu partido fazia oposição a Dilma. O apoio na eleição foi justificado por líderes do PCdoB e PDT como uma forma de se contrapor à influência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do chamado “centrão”, grupo alinhado ao outro candidato, Rogério Rosso.