Há tempos, alguns de nós contestávamos que o cidadão de bem ficava preso em casa enquanto o bandido ficava solto pelas ruas.
Aos poucos, este conceito foi mudando e fomos entendendo que não é bem assim, que havia (por enquanto ainda há) segurança e que não deveríamos, obviamente, baixar a guarda ”dar sopa para ao azar”, ficar alertas, mas sem grandes neuras!
Então, quando nosso ex-presidente Lula foi solto, houve uma grande gritaria! Se pensarmos bem, ele já estava livre, não saiu da cadeia porque não quis, estava esperando um grande palanque primeiro! A bem da verdade, como já dissemos aqui neste espaço, ele espera que o Supremo Tribunal Federal desqualifique o juiz Sergio Moro que o condenou, que sua ficha fique limpa e que ele saia como inocente, pronto para disputar as próximas eleições presidenciais. Isto, no entanto, não é impossível de acontecer!
Desta forma, a cúpula do Partido dos Trabalhadores está substituindo o famoso ”Lula Livre” que agora não faz mais sentido, por ”Lula Inocente”, mesmo porque, como sabemos, o ex-presidente está solto, mas não livre!
Acontece que Lula está reavaliando o seu discurso! Notou que o antigo já não tem mais efeito. O famoso ”Nós” contra ”Eles” já não faz mais sentido e seu discurso está tão agressivo que pode até ser enquadrado na Lei da Segurança Nacional por incitação à violência.
E tem mais: Nem Lula, nem Gilmar Mendes, ou qualquer um dos políticos carimbados como contraventores podem sair às ruas, ir a um Shopping, passear livremente por uma praia. Não podem sequer viajar em um avião de carreira sem serem achincalhados; o ex-deputado Lindberg Faria foi um dos últimos políticos a ser vítima da população. Até fizeram um pedido, ao piloto, para que o ex-deputado fosse retirado do voo, em questão.
Já pensaram se um desses políticos comparecesse a um jogo de futebol?
Desta forma, pergunta-se: ”quem está solto?” Quem tem liberdade, de fato, para frequentar um restaurante, para ir a um hotel, ou fazer uma viagem com a família sem ser hostilizado?
Eles cavaram esta situação: até em Portugal, Gilmar Mendes é reconhecido e ”agraciado” com os piores adjetivos da língua portuguesa. Então, estes políticos – quase todos eles – acumulam uma riqueza que angariaram de maneira ilícita, mas não vão poder usá-la – pelo menos por enquanto – como gostariam!
Não podem, sequer, frequentar os restaurantes mais caros, nem tomar o vinho mais raro, que eles gostam tanto, sem serem reconhecidos, hostilizados e serem retirados pelas portas dos fundos! Então quem está solto?