A priori, todos nós deveríamos saber que ninguém ‘manda’ em ninguém. Temos o livre arbítrio que nos impele a fazer o que o coração e o cérebro decidem. Mas, existem as regras sociais, que somos obrigados a seguir para não virar bagunça. Já pensaram se todos decidissem andar nus pelas ruas, arrotar em público, comer com a boca aberta, sem seguir as leis que regem as boas maneiras que aprendemos bem cedo, dentro do lar? Seria um escândalo, é verdade.
No caso do nosso país, a pergunta seria ‘Quem governa o Brasil?’ E aí vem na lembrança a figura do presidente da república.
Mas em uma pretensa democracia, não é bem assim. Há o parlamento, assim como há a câmara de vereadores nos municípios que “governam” juntamente com o prefeito, muitas vezes barrando o poder da caneta que poderíamos julgar que somente o prefeito tem.
No caso de governar o Brasil, o presidente do senado – David Alcolumbre pensa que é ele que manda; Rodrigo Maia, da Câmara dos Deputados, acha que é ele quem governa o país; o Supremo também pensa que é ele quem decide e, particularmente, o togado Alexandre Moraes tem certeza que quem dirige não somente o Brasil, mas o mundo é ele e mais ninguém.
Por aqui, não somente alguns vereadores foram picados pelo gostinho de ‘decidir’, mas também alguns empresários juntamente com ex-prefeitos que aparecem, vez ou outra, fazendo ‘lives’, usando a Internet para debater e rebater os assuntos referentes aos destinos do nosso município.
Não é incrível que estas pessoas apareçam em um tempo quase que estratégico, quando as pré-candidaturas estão sendo mostradas ao público, quando exatamente os eleitores estão colocando na balança o que de melhor cada um tem para oferecer para nossa cidade?
O objetivo das “lives” é claro como água: não deixar os candidatos que são tidos e havidos como desafetos políticos, fluírem em seus propósitos.
Neste interim, a grande tônica é sempre o projeto da construção de novas casinhas para a população. Este assunto já elegeu prefeito e vereadores como também já foi o responsável pela bancarrota de também candidatos a prefeitos e vereadores, algumas até surpreendentes.
As urnas têm este poder: não perdoam quem não tem um projeto de governo, muito menos os Pinóquios da política.