Três datas para reflexão

Editorial
Guaíra, 21 de abril de 2018 - 08h53

 

 

 

 

 

 

 

 

Que o nosso tempo está passando mais depressa do que merecíamos, é uma certeza constatada todos os dias.

No entanto, por culpa disso, três datas importantes estão sendo cada vez mais esquecidas: dia do índio, de Tiradentes e descobrimento do Brasil.

Basicamente, apenas as escolas têm feito trabalhos lembrando estas três importantes reflexões. Se o dia 21 de abril, destinado e homenagear um dos nossos primeiros heróis, não fosse feriado também ele estaria no rol das datas esquecidas.

Há quem diga que a culpa desse esquecimento é da falta da antiga aula de Educação Moral e Cívica, hoje vista por alguns como espécie de “ranço da ditadura”. Já outros dizem que a falta destes ensinamentos tornou nossa sociedade fria e, por isso, não se dá a devida importância a algumas datas.

O Dia do Índio, criado em 1943 por Getúlio Vargas, 19 de abril, marca a data em que, no ano de 1940, líderes indígenas resolveram participar do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México, após ausência nos primeiros dias justamente por temerem o diálogo com os chamados “homens brancos” que, por anos, os perseguiram, agrediram e dizimaram. O momento histórico foi marcado em toda a América como o Dia do Índio, marcado pela lembrança aos (injustiçados) primeiros habitantes do continente.

Dia 21 de abril é feriado justamente para pensarmos sobre nossos ideais de liberdade e democracia, lembrando aquele que é considerado o primeiro grande levante contra o autoritarismo, motivado por algo que dura até hoje – a excessiva cobrança de impostos por parte da Coroa Portuguesa. Tiradentes, o dentista e alferes Joaquim José da Silva Xavier, que trouxe os ideais da Revolução Francesa – liberdade, igualdade e fraternidade – com objetivo de que fosse implantada a república no Brasil foi visto como líder do movimento e condenado pela Coroa Portuguesa ao enforcamento no dia 21 de abril de 1792.

Por fim, temos o dia em que nosso país deu seu primeiro passo para se tornar uma nação. Em 22 de abril de 1500, enquanto buscava um caminho alternativo para as Índias, a esquadra liderada pelo navegador Pedro Álvares Cabral, então com 33 anos, encontrou uma terra até então inexplorada que primeiro foi batizada como Monte Pascoal, depois Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz e, por fim, pelo nome que perdura até hoje: Brasil, alusão ao Pau-Brasil, madeira de cor avermelhada usada para tingir roupas e primeiro produto de exportação do país. Há quem diga que, na verdade, a palavra significaria Ilha Afortunada ou Ilha do Paraíso.

Ainda bem que as escolas não se esquecem dessas datas.


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