O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Franca deflagrou na última semana, a “Operação Princípio Ativo”, contra falsificadores de agrotóxicos. Ao todo, o Gaeco prendeu 22 pessoas e 13 estão foragidas. Oito pessoas foram levadas para a Penitenciária do município francano. O Gaeco teve o apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil.
Foto de: Dirceu Garcia/Comércio da Franca
Cerca de 190 mandados foram cumpridos em cidades da região de Franca, como Buritizal, Cristais Paulista, Igarapava, Ituverava, Monte Aprazível, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Serrana, além de outros locais situados nos Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Mais de 600 policiais militares e dezenas de promotores de justiça se envolveram na operação.
De acordo com o Gaeco, a ação mirou três organizações criminosas responsáveis pela falsificação de agrotóxicos. Essas organizações contavam com um policial civil e outros agentes públicos “Há dois anos estávamos investigando essas organizações criminosas, realizando as diligências e todos os procedimentos investigativos. A operação tinha o foco em desmantelar toda a arquitetura do esquema criminoso. O objetivo principal deles é a falsificação de produtos agrotóxicos, mas para a prática desse crime final, outros delitos eram praticados como a falsificação de documentos públicos e particular, corrupção ativa e passiva e lavagem de bens e valores. A gama de delitos dessa organização é bastante extensa ”, afirmou o promotor de Justiça Adriano Mellega.
Em Ribeirão Preto uma gráfica e um laboratório foram fechados. O líder do esquema criminoso foi preso em Rio Quente (GO). “A formatação e escalonamento dos grupos criminosos é complexo e extenso, sendo que a organização possui ao menos nove células interligadas, desde a chefia da organização, passando núcleos de financiadores, falsificadores e corretores, até o núcleo envolvendo agentes públicos, sendo esse último composto por um policial civil.”
Ainda segundo o Gaeco, além dos prejuízos causados na saúde as falsificações de produtos agrotóxicos impactam no setor econômico, já que os esquemas causam impactos de bilhões.
“Durante as investigações apurou-se, ademais, que as atividades criminosas inerentes à falsificação e contrabando de agrotóxicos causam, no cenário nacional, somando os impactos diretos e indiretos, prejuízos na casa de R$11 bilhões de reais aos setores econômicos, R$ 3,2 bilhões em PIB, 39,7 mil postos de trabalho e R$ 1,4 bilhão em salário dos trabalhadores, fora o prejuízo direto a indústria de defensivos agrícolas de cerca de R$ 5,4 Bilhões”, afirmou o Gaeco. (Fonte: GCN)