Mas é só isso?

Opinião
Guaíra, 6 de junho de 2021 - 15h00

Quando passamos por um processo de provação suprema e vencemos, além da grande alegria que vivenciamos, somos tomados por uma grande sensação de alívio. 

Começamos a olhar para trás e perceber que todo o esforço valeu a pena. Saímos de uma vida comum, de uma sensação de conforto específica (daquele tipo que é ruim, já que não nos provoca mais nenhum desafio), somos chamados a uma nova aventura (uma mudança de vida), temos dúvidas se devemos iniciar a jornada (muitas vezes seguidas de uma recusa), encontramos pessoas que nos auxiliam (dando força ou mesmo nos ajudando com ferramentas e habilidades para enfrentarmos esses desafios), encontramos novos amigos e pessoas que ficam incomodadas com essa nova estrada que estamos percorrendo, atravessamos o ponto chave (o Rubicão), visualizamos os perigos que a estrada nos reserva e, como não há mais como voltar e desistir, enfrentamos o perigo.

Assim, quando saímos vitoriosos dessa jornada, entramos nessa nova fase, que é a de recompensa. Interessante entender o que ela significa. Compensar é o ato de estabelecer o equilíbrio. Recompensar é o ato de restabelecer o equilíbrio. 

Lá no mundo comum, no início da nossa jornada, embora sem um futuro promissor se tudo assim continuasse, estávamos em equilíbrio. Mas não entramos em uma jornada dessas, na esperança de uma mudança, enfrentando todos os riscos, para voltarmos ao ponto original. A isso, erroneamente, muitos dão o nome de resiliência.

O ser resiliente não é o que volta à situação original, mas o que avança, o que cresce. Silie, radical da palavra, é dar salto, impulsionar. Re é novamente, de novo. Portanto, ser resiliente é chegar a um ponto superior, mais à frente, melhor do que aquele do qual a gente saiu.

Portanto, a fase de recompensa não pode ser a última. Precisamos evoluir ainda. E como o processo ainda não terminou, se não percebermos que a história continua, nos desligamos e relaxamos em nossas comemorações.

Muitas vezes, nas histórias de cinema, há uma representação dessa fase em formato de fogueira. É o fogo reacendendo a chama da vida, da sobrevivência à fase anterior, a de maior conflito: a provação suprema. 

Porém, como ainda falta o salto, realmente não se pode desleixar, acreditar que o objetivo foi atingido. É preciso percorrer o caminho de volta a um novo mundo comum, agora maior, com mais competências, possiblidades e realizações. E essa última fase do caminho ainda tem surpresas a revelar. 

Será que vale a pena apenas voltar ao equilíbrio igual ao início da jornada, ou dar o salto necessário para uma vida nova?

Pense nisso, se quiser, é claro!

 

Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior 

 


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Coltri Junior

Professor Coltri Junior é palestrante, consultor organizacional e educacional, professor e diretor da Nova Hévila Treinamentos

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