Natal: tempo de reflexão e luta por um mundo melhor

Opinião
Guaíra, 6 de dezembro de 2024 - 08h20

Nesse Natal, somos convidados a celebrar o nascimento de Jesus, um símbolo de esperança e amor, que nos encoraja a olhar para o próximo com mais compaixão e solidariedade. No entanto, a realidade que nos cerca muitas vezes contradiz esses valores.

 A história de Vitória, a protagonista do meu novo romance “Flor de Formosura”, é um triste exemplo dessa realidade. Uma jovem do Marajó, no Pará, com sonhos e esperanças, teve sua vida marcada por provações. 

 Obrigada a fugir de sua terra natal, Vitória encontra em Belém um mundo hostil, onde a exploração e a injustiça a aguardavam. Sua trajetória é um retrato da fragilidade humana diante de um sistema que muitas vezes se mostra indiferente ao sofrimento alheio.

 Quantas Vitórias existem por aí vivendo nas sombras suas histórias de dor e superação? A violência doméstica, a exploração sexual e a desigualdade social são problemas que afetam milhares de pessoas em nosso país. E, muitas vezes, esses casos passam despercebidos, encobertos por um véu de silêncio e omissão.

 É preciso quebrar esse silêncio. É preciso olhar para além das aparências e enxergar a dor do próximo. É preciso ter a coragem de denunciar as injustiças e de lutar por um mundo mais justo e igualitário.

 Os desafios enfrentados por Vitória nos convidam a repensar o nosso papel na sociedade. Somos todos responsáveis por construir um mundo mais humano e solidário. Cada um de nós pode fazer a diferença, seja através de pequenas ações do dia a dia ou de um engajamento mais ativo em causas sociais.

 Neste Natal, que tal fazermos um compromisso com a mudança? Que tal olharmos para o próximo com mais empatia e compaixão? Que tal nos tornarmos agentes de transformação, inspirando outras pessoas a fazerem o mesmo?

 Newton Carneiro Primo é juiz e autor de “Flor de Formosura” (Ed. Labrador), disponível na Amazon.

 


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Newton Carneiro Primo

Newton Carneiro Primo é formado em Direito pela Universidade da Amazônia. Aprovado para o cargo de Analista Processual do MPU, residiu em Brasília de 2005 a 2007. Aprovado em primeiro lugar para a magistratura paraense, percorreu várias comarcas do estado, que lhe deram experiência e material humano para trabalhar com ficção. Atualmente, exerce o cargo de juiz titular da Infância e Juventude de Ananindeua, região metropolitana de Belém.

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