A palavra “Jihad” é uma palavra árabe que muitos não-muçulmanos a traduzem como “Guerra Santa,” mas essa tradução é errada, pois a palavra possui outros significados mais amplos. Ela tem dois significados: o Jihad interno e o Jihad de defesa. O primeiro tipo, o Jihad interno, é o mais importante, que todo muçulmano enfrenta em seu dia-a-dia que segue o islamismo. É o jeito correto de atuar em sua crença e ter boas maneiras, a lembrar sempre de Deus a todo momento e a controlar suas vontades e desejos, em outras palavras, a ter disciplina para que diminua ao máximo seus pecados (tentando sempre ser uma pessoa melhor, vigiando seus olhos, sua língua, sua conduta e aprimoramento na sociedade em que vive). Já o outro tipo de Jihad, é efetuado apenas para autodefesa ou defesa da Nação Islâmica. É apenas efetuado quando a segurança do muçulmano, a casa (família) ou sua nação está sendo ameaçada, ou seja, a vida. Esse tipo de Jihad só pode ser efetuado sob três condições: 1- Que ela seja feita sob um governo Islâmico justo; 2 Que não se mate velhos, mulheres, crianças e inocentes ou quaisquer indefesos; 3- Que seja efetuada especialmente para a defesa de caso extremo, quando a liberdade de culto, de ir e vir está sendo violada. Vemos assim que as regras islâmicas não são seguidas pelos Países Imperialistas, onde vemos nas guerras atuais e passadas que as principais pessoas a serem mortas são os mais indefesos, pratica esta repudiada no islamismo. O Profeta Muhamad SWS (que a paz de Deus esteja com ele) jamais atacou qualquer pessoa e sempre se defendeu quando o seu direito e de seus companheiros era violado. Deus assim diz no alcorão no caso da legitima defesa: “Combatei, pela causa de Deus, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Deus não estima os agressores. (Alcorão 2: 190-193). Se um inimigo inflige dano aos muçulmanos ou os expulsa de suas casas e terras, então Deus ordena aos demais muçulmanos que os defendam, mas mesmo sob pressão um muçulmano deve se comportar de maneira justa, onde não pode se aproveitar do momento para praticar qualquer agressão, principalmente quando a paz e justiça já foi restabelecida. Essa é mesma regra do artigo 51 da Carta das Nações Unidas e do artigo 25 do Código Penal Brasileiro e demais legislações internacionais. O Islã é a religião revelada por Deus para o benefício da humanidade e proíbe totalmente prejudicar pessoas inocentes de qualquer forma. Isso inclui seus corpos, bens ou honra. O Islã ensina que os muçulmanos tratem a todos, independentemente de religião, etnia, cor ou status social, com respeito e gentileza. Proíbe a opressão, salvaguarda os direitos e ordena que os muçulmanos vivam em paz e harmonia, mantendo a justiça mesmo em relação aos inimigos e até em tempos de guerra. Nunca é permissível matar uma pessoa que não seja hostil ou que tenha um tratado de paz, independentemente de seu credo, conforme vemos no versículo a seguir do alcorão: “Deus nada vos proíbe, quanto àqueles que não nos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Deus aprecia os equitativos.” (Alcorão 60:8). Assim se o muçulmano tem liberdade de ir e vir, praticar seu culto, caso o mesmo pratique agressão, matando pessoas como vimos na França, Turquia, Líbano e outros Países, está cometendo um pecado gravíssimo, por tirar a vida de quem não causou qualquer injustiça, onde o alcorão dá a esse tipo de pessoas o castigo como se tivesse matado toda a humanidade, senão vejamos: “Por isso prescrevemos aos israelitas que quem matar uma pessoa, sem que esta tenha cometido homicídio ou semeado a corrupção na terra, será considerado como se tivesse assassinado toda a humanidade.” (Alcorão 5:32). Esse é o verdadeiro islamismo e as regras atinentes a palavra Jihad, que é usada de forma errônea e deturpada pela mídia atual.