P.I.A.

Opinião
Guaíra, 30 de julho de 2019 - 08h30

Poucas são as administrações municipais que estabelecem em suas gestões políticas sociais a integração da infância e da adolescência. Esta atividade aparece em 1993 na administração municipal de Curitiba pelo então prefeito Rafael Grecca cuja finalidade é afastar o jovem das ruas proporcionando-lhes atividades de esportes, lazer, expressão artística, cultural, tarefas escolares, artesanato, iniciação profissional, além de informação sobre a história local e evidentemente do país. Há também neste contexto programas de conscientização ambiental, voltado ao conhecimento de jardinagem, onde os jovens recebem remuneração para atuar nos parques e jardins da cidade.

É fato evidente que tais inciativas da gestão pública municipal visa inicialmente assegurar um direito, o da cidadania, o que vale dizer neste sentido não somente o exercício de um direito, mas poder viver socialmente articulado onde direito e deveres estão sempre interligados e o respeito e o cumprimento de ambos possam contribuir para que a sociedade em que se vive seja equilibrada, solidária e justa.

É fato, também, que a humanidade em toda extensão histórica tem passado por momentos críticos. Pestes, guerras, perseguições, doenças epidêmicas, tem marcado nossa história. São, enfim, as chagas de nossa existência. Mas é verdade que por outro lado que na grandeza e na miséria da humanidade o homem procura sempre a esperança, pois sabe, ele que nos momentos mais obscuros, que nas noites as mais negras haverá sempre um começo de luz. Assim entre todos os deveres que a cidadania, impõe à todos, não esta apenas a escolha dos que governam, mas a elaboração de políticas eficazes na proteção e integração dos jovens adolescentes e em particular assistir de maneira contundente os que vivem na dependência dos entorpecentes. Se ontem o flagelo da humanidade eram as doenças epidêmicas hoje o flagelo mundial tem sido as drogas e sua dependência. É uma batalha que tem que ser enfrentado de frente pelas autoridades locais.

Duas são importantes frentes, a priori, a ser apresentadas para diminuir o problema a ação preventiva que se realiza através das mais variadas modalidades esportivas visando de inicio o desenvolvimento comunitário na sua integração e humanização através dos jogos populares, nos jogos gigantes nos circuitos com obstáculos, nas atividades aquáticas, nos jogos esportivos e recreativos e etc. Em outra ponta uma política endereçada ao jovem dependente, pois ai se trata de doença e o vício como tal necessita de um rigoroso tratamento em clínicas de recuperação de dependentes e usuários de entorpecentes, assumindo assim a administração municipal a responsabilidade social através de convênios com as clínicas de recuperação e fazer o encaminhamento necessário, assumindo todos os custos financeiros pela internação do jovem dependente. É uma política social solidária beneficiando famílias em situação de tormento.

Resta lembrar de que no início da adolescência é quando aparece no jovem o pensamento abstrato, responsabilidade social, nesta fase da vida são estabelecidos os vários conceitos, as novas experiências, as crenças onde o jovem vai sentir seu papel no mundo real, sua independência, mas insuficiente perante as cruezas da vida. As vezes agressivo, exaltado, afetivo, o jovem vive neste período de sua vida suas ondas emocionais, muitas vezes, com reações adversas. Diante disto, se faz valer uma política eficaz na defesa voltada a impedir os males da vida contemporânea e integrando a juventude dentro dos princípios do decálogo que é a lei de Deus.


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Paulo Sérgio Lelis

Paulo Sérgio Lelis é Mestre em Direito Público

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