Procon fiscaliza preços em gêneros básicos; supermercados esclarecem aumento em Guaíra

Seis supermercados receberam a visita dos agentes da entidade fiscalizadora. Muraishi, Mutirão e Guairense mostram opções para ajudar os consumidores

Cidade
Guaíra, 22 de abril de 2020 - 23h00

 

No último dia 17 de abril, uma delegação do Núcleo Regional de São José do Rio Preto esteve em Guaíra e, em parceria com o Procon local, realizou a operação denominada Covid-19. A ação está ocorrendo por todo o estado e tem sido motivada por denúncias de possíveis preços abusivos em gêneros de necessidade básica, como arroz, feijão e leite, por exemplo. A unidade já esteve no município em março para acompanhar os valores de álcool em gel e máscaras em farmácias e drogarias.

Segundo o Procon, seis estabelecimentos receberam essa primeira visita dos agentes, que conferiram preços e marcas de diversos produtos, orientando os proprietários a apresentarem as notas fiscais dos últimos meses, para que uma análise possa ser feita pela Regional de Rio Preto, a fim de identificar o foco desse aumento. Além disso, também foram solicitados os documentos fiscais relativos à venda pelo igual período.

De acordo com o diretor da agência de Guaíra, Evandro Barros, eles vão analisar se os reajustes são de responsabilidade dos supermercados ou dos fornecedores e se o valor abusivo foi, ou não praticado.

Barros ainda explicou que outros locais serão fiscalizados no decorrer do mês e que, atualmente, como Guaíra possui aproximadamente 233 locais de venda alimentícia, ele conta com o apoio da população com denúncias de informações. “Os consumidores devem continuar registrando suas denúncias quando perceber preços abusivos através do site www.procon.sp.gov.br, ou através do telefone 3331-3867, ou ainda pelo endereço eletrônico proconguaira@guaira.sp.gov.br.  A denúncia pode ser anônima.”

NA CONTRAMÃO DAS DENÚNCIAS

Alguns supermercados estão apresentando ofertas e promoções para ajudar os guairenses nesse momento delicado ao qual passa o município e o país. Como eles também estão tendo dificuldades para obter produtos no mesmo valor ao qual era oferecido há pouco tempo atrás, apresentam algumas possibilidades para os consumidores.

A diretoria do Guairense Supermercado esclareceu à comunidade de Guaíra e região que, com a chegada do Covid-19 no Brasil, houve um certo pânico da população, que de certa forma estocou itens básicos. “Produtos como arroz, leite, óleo e feijão teve seu abastecimento comprometido fazendo assim um aumento de preços na indústria”, declara. Apesar disso, o estabelecimento aponta que está operando com o estoque dentro da normalidade e com a margem reduzida. “Buscamos sempre as melhores negociações para levar até os nossos clientes o melhor preço. Pedimos a Deus que em breve tudo isso se normalize”, completa.

De acordo com Valdir Antonio Marques, gerente do supermercado Mutirão, ocorreram sim alguns aumentos, em alimentos que sofreram aumento em seu frete, ou de produção. “Tivemos reajustes no arroz, feijão, óleo… Mas tudo se justifica em cima do frete, porque os carreteiros do sul não querem descer pra cá porque não tem frete de retorno. Ocorreu aumento do feijão por causa da produção. Os demais produtos oscilam como todo ano, faz parte da nossa economia. Comparada à região, em Guaíra está barato. No nosso mercado, o arroz mais caro que temos hoje está R$ 14,99. Mas tivemos um aumento sim, em cima do frete”, aponta.

Entretanto, André Valize, responsável pelo setor de compras do Supermercado Muraishi, destaca que o consumidor pode optar por outras marcas não tão requisitadas entre a maioria, mas que possuem a mesma qualidade, senão melhor. “Conseguimos alguns preços melhores, mas de marcas que não são conhecidas pelo pessoal de Guaíra. Feijão por exemplo: tem melhor preço, só que como as pessoas não têm o hábito de comprar, fica parecendo que não é de boa qualidade, o que não é verdade. As pessoas podem pesquisar outras opções e não se focar apenas na marca do produto”, explica.

Segundo ele, os supermercadistas ficam na mão de muitos produtos. “A gente compra de outras marcas para apresentar preço, só que não vende. Feijão tem outras além das duas mais vendidas que são muito boas e baratas. O supermercado vai comprar se tiver procura. Eu compro da marca mais procurada, mas o preço de custo dele já está alto. Eu pesquiso produtos de boa qualidade, mas fico receoso de comprar e não vender. Quando as pessoas focam num produto só, ocorre a lei da oferta e procura. Como aumenta a demanda dela, aumenta o preço”, completa.


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