Seja com chocolate, sem ele, com bacalhau, sem ele, com azeite ou não, que esta Páscoa seja um rito de um tempo novo, literalmente novo, já que estamos saindo de um período difícil e de incertezas provocadas por uma pandemia.
Um período que muitos lembram de sua infância, quando não havia ovos pendurados nas armações dos supermercados, assim, a perder de vista. Mas, em toda casa, por mais simples que fosse, sempre havia um ovinho de chocolate, estes eram escondidos pela casa, pelo quintal e a criançada fazia a festa. Os pequeninos se lamentavam de não terem visto os coelhinhos – que invariavelmente tinham acabado de passar – deixando os chocolates tão apreciados.
O sábado, depois das 12h (como custava chegar este meio-dia), já podia cantar, comer carne e malhar o Judas! O judas era feito de uma roupa velha costurada nos pés e braços e recheada de retalhos. Aí era uma festa. A vizinhança se reunia para espancar o pobre do Judas que ficava em frangalhos em poucos minutos.Bons tempos!!!
O ano de 2022 está sendo diferente dos demais, pois relembramos muitas lições que estavam esquecidas e valores que já tinham caído desuso. Nossa Sexta Feira Santa ganha um significado mais forte no coração das pessoas que experimentam o novo normal.
O mais importante será a reunião familiar, onde as famílias já começaram na quinta-feira, os preparativos do bacalhau, das batatas cozidas e do azeite, inundando a cozinha com aquele cheiro gostoso , onde o abraço ,o beijo e o reencontro serão o tempero principal.