“ A ENCRUZILHADA”

Editorial
Guaíra, 30 de junho de 2024 - 10h32

Em tempos de crise ética e moral, a política brasileira se assemelha cada vez mais a um enredo de filme. Inspirados pelo clássico “A Encruzilhada”, onde um artista vende sua alma ao diabo em troca de fama e sucesso, observamos que muitos parecem seguir um caminho similar. Eles fazem pactos obscuros, trocando princípios e valores por poder e influência, sem considerar que, eventualmente, a cobrança virá.

No filme, o protagonista enfrenta uma escolha moral difícil, e ao optar pelo caminho mais fácil, acaba pagando um preço alto. Da mesma forma, na arena política e na vida, vemos figuras públicas que – seduzidos pelas promessas daqueles que ao final do “contrato” lhe cobrara a alma – se entregam a práticas que propagam o mal, a discórdia e a desinformação. Eles esquecem que a verdadeira liderança é construída sobre a integridade e o serviço ao bem comum, não sobre acordos nas sombras.

A metáfora da encruzilhada é poderosa. Ela nos lembra que cada decisão tem consequências, e que o preço de se aliar a forças negativas é sempre cobrado, seja em forma de escândalos, perda de credibilidade ou até mesmo de liberdade. A história está repleta de exemplos de pessoas que, ao se cercarem de conselheiros e aliados que promovem a desinformação e a discórdia, acabam por destruir suas próprias vidas, carreiras e a confiança do público.

A escolha de aliar-se a quem só propaga o mal e a desinformação apenas perpetua a discórdia, corrói a confiança pública e fomenta o cinismo e a apatia. Ao invés de promover o bem comum, cria-se um ambiente de desconfiança e divisão, dificultando o progresso e a coesão social.

Chico Xavier um dia disse “Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo. Mas qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim”. Assim como no filme, onde o protagonista tem a chance de redimir-se, nossos políticos também podem escolher um caminho diferente, mas é preciso coragem para resistir às tentações e para enfrentar as consequências de escolhas passadas. Quem sabe assim, ao final também tenha um final feliz ao ver sua alma livre novamente


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