Talvez você nunca tenha ouvido falar da jornada do herói, mas saiba que ela é uma receita muito utilizada em roteiros de filmes e novelas. Essa fórmula narrativa conseguiu reunir todos os elementos que capturam nossa atenção em um roteiro único, que inspirou as obras mais bem sucedidas da literatura e do cinema levando seu espectador a histórias fascinantes.
Mas porque, quando assistimos a um bom filme, com um roteiro bem elaborado, ficamos “hipnotizados”, presos à telinha, choramos, rimos e até ficamos com raiva e tensos, com o desenrolar do enredo e de seus atores – afinal quem não lembra dos vilões como a Carminha, personagem de Adriana Esteves em Avenida Brasil, da Malévola, do Coringa, e de alguns tantos heróis como Homem de Ferro, Batman, Wolverine?
Talvez seja porque muitas vezes nos sentimos como parte do enredo pela similaridade com nossas próprias vidas, ou então experimentamos situações e momentos que na vida real nunca passamos.
Assim, muitas vezes, repetimos esta jornada na escolha de nossos representantes e acreditamos que ele será o herói da vez, que irá vencer as malévolas, os coringas que povoam nosso cotidiano. No fundo, sabemos que a vida não é uma obra de ficção e que ele, aquele que depositamos nossas esperanças, também é um ser humano, que tem falhas e virtudes como qualquer outra pessoa; e quando o enredo não acontece como idealizamos a tendência é a frustração.
Já está na hora de acordar para a vida real e colocar em prática uma das frases mais famosas que John F. Kennedy: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país”. Portanto, é hora de pensar o que cada um de nós pode fazer para nossa cidade e não esperar que as coisas aconteçam como num passe de mágica.