O saci-pererê é um ser mítico que faz parte do folclore brasileiro, sendo uma das lendas mais conhecidas do nosso folclore.De pequena estatura, vive saltitando numa perna só com seu gorrinho vermelho.Muito agitado frequentemente realiza alguma molecagem nos locais em que passa.Ele é bastante conhecido pelas brincadeiras que realiza com as pessoas, que podem ser coisas simples, como o desaparecimento de objetos, mas também podem levar a consequências ruins, como danificar o freio de carroças. Por isso, para muitos, ele é um ser maléfico.
Além disso, não é um ser único, podendo existir vários sacis,e conforme a lenda vive até os 77 anos de idade e, então, transforma-se em um cogumelo venenoso, embora outras versões falam que ele se transforma em um cogumelo chamado orelha-de-pau.
Este ser folclórico, lembra muito o que brasileiros viveram durante quase 30 anos onde nossa “democracia” pulava numa perna só,a canhota, e estrategicamente, o que mudava era só a cor do gorro. Esta “alternância” com os mesmos objetivos, foi desmascarada ao público brasileiro, no brilhante documentário “Teatro das Tesouras”, produzido pelos jovens do Brasil Paralelo.
No Brasil e no mundo, do século XXI,as sociedades estão torcendo o nariz para “sacis” que se apresentam como “monarcas” diminutos que apresentam um ego gigantesco, insuflado pelo seus asseclas. Como aquele que Jô Soares eternizou, nos anos 1980, o personagem Reizinho. Tratava-se de um anãozinho ridículo que perguntava repetidamente aos asseclas: “neste solo que eu piso e deste povo que eu amo, o que é que eu sou, o que é que eu sou?”. Em coro, os puxa-sacos respondiam: “sois rei, sois rei, sois rei, sois rei”. Não raro, o imperador se atrapalhava quanto ao sujeito da frase – “neste povo que eu piso e neste solo que eu amo…”.
Na vida real não foi o artista que ficou de joelhos para fazer as cenas, e sim a nação inteira, que ajoelhado teve que juntar os cacos do que sobrou e se levantar, pagando um custo muito alto, do calote de nações que usaram nosso dinheiro e não pagaram a conta.
Quanto aos saudosistas da “política saci pererê”, só nos resta dizer que o brasileiro descobriu a outra perna que estava quase invisível mas que na verdade nunca deixou de existir. Aprendeu que pular numa perna,com gorrinho vermelho e fazendo travessuras é apenas para seres folclóricos.