Carta fora do baralho?

Editorial
Guaíra, 18 de outubro de 2016 - 07h55

Depois de disputar duas eleições presidenciais, com votação expressiva, a ex-senadora Marina Silva surpreende ao anunciar que ainda não decidiu se vai concorrer pela terceira vez, em 2018.

Líder inconteste da Rede, Marina tem preferido priorizar a consolidação de seu partido, fundado há um ano. Apesar da minguada votação nas duas maiores cidades do País (São Paulo e Rio), Marina defende o desempenho do partido nas eleições municipais.

A Rede elegeu cinco prefeituras e está no segundo turno em várias cidades. “Obviamente, nossa votação em São Paulo e no Rio não foi a que desejamos, mas um partido não se constrói da noite para o dia. Só temos um ano de vida.”

Para Marina Silva, Temer é a outra face do governo Dilma, mas com uma diferença: o governo Dilma estava em alta velocidade em direção ao abismo; este governo está ziguezagueando com uma boa equipe econômica para tentar se desviar do abismo.

“A primeira pessoa a levantar isso fui eu, em 2010. Eu disse que medidas precisavam ser tomadas, e fui duramente criticada, porque isso compromete os ganhos sociais. O problema é que nós temos um pacote para 20 anos, congelando a democracia. As coisas poderiam ser resolvidas no debate”.

Sobre as próximas eleições para a presidência da República Marina é enfática: “Ainda não sei se serei candidata. Dei minha contribuição em 2010 e 2014 e minha presença ajudou a produzir dois segundos turnos”.

Se Marina não sabe se vai ser candidata em 2018,  Geraldo Alckmin está cada vez mais seguro disso.


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