Quantas vezes ouvimos e quantas vezes nós mesmos falamos que “com saúde não se brinca?”
Sabemos que ninguém em sã consciência está querendo ou brincando com a saúde das pessoas. Todos nós sabemos também que o setor é um sopro, o corpo humano não é uma máquina, que se pode “deletar” a doença e reescrever tudo de novo, como se faz com um computador!
No entanto, o impasse envolvendo médicos, provedor da Santa casa, secretário de Saúde e, evidentemente, pessoas que necessitam de atendimento, neste final de semana, já ultrapassou as raias do bom senso.
Quando um caso médico envolve uma criança, parece que fica tudo muito pior!
Assim, quando toda esta discussão sai do consultório médico e do Hospital e ganha as redes sociais, aí sim vira uma bola de neve. Todos se acham no direito de colocar a sua colher de pau no meio da conversa. E aparece de tudo: quem entende e quem não entende o que realmente se passou; quem está ou não com a razão, isto fica secundário! O importante nem é mais a vida do doente envolvido, mas sim o tumulto gerado e haja pedras para se jogar. Ninguém escapa: o prefeito, o secretário, o médico, o provedor, os pais do doente, todos dentro de uma só situação!
Aparece uma ou outra alma querendo apaziguar, mas, como o ser humano fica acalorado numa ocorrência, nesta hora esquecem-se dos bons serviços prestados durante uma vida inteira e preferem ressaltar o que eles acham que foi mal feito.
Este “achismo” sem fundamento é uma chaga, uma doença! Como dizem por aí: bom senso e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.