Comemoração e desalento

Editorial
Guaíra, 1 de agosto de 2021 - 10h49

Há uma parte da população que ficou maravilhada  porque pôde presenciar a neve caindo. Pessoas gravaram vídeos, brincaram no chão gelado!

Realmente foi um acontecimento incomum  para nós brasileiros.

Esta parte da população, tomou seu leitinho quente e foi dormir sob  cobertores quentíssimos e ficou satisfeita com o ocorrido. Com certeza foi lindo, sim!

No entanto, muitos cidadãos não conseguiram dormir, porque sabiam que quando o dia clareasse teriam que contabilizar  as perdas.

A mesma neve que deu alegrias a uns, deu enorme tristeza a outros!  

O frio, a geada, a chuva de granizo que caiu, a neve, tudo isso originou enormes prejuízos até para quem vibrou com a chegada desse frio sem limites.

As contas, os insumos que foram gastos e os prejuízos vão refletir em nossos bolsos!

Pessoas já estavam reclamando do preço da carne e, agora, vai piorar!

É uma cadeia produtiva que terá prejuízos imensos.

Os produtores de tabaco, de milho, de soja, tomate, feijão,  que já vinham de uma  primeira perda, agora viram suas plantações serem novamente queimadas por um frio (amplamente anunciado), que nada  se podia fazer a não ser pedir clemência ao Criador.

Sem contar com as frutas, as hortaliças, tantas outras plantações que foram  afetadas e que vão faltar nas prateleiras dos supermercados.

Além do gasto com insumos, defensivos agrícolas, que  são necessários e utilizados para plantar, para colher, para fazer a produção acontecer, há um gasto pior: o emocional!

Quantas vezes nossos agricultores perderam o sono, perderam a tranquilidade pensando se vão  conseguir colher, replantar ou não!

A empresa dos agricultores está a céu aberto, enfrentando frio, calor, chuva e estiagem, granizo e geadas, mas ele insiste,  torcendo para que a colheita seja farta, para que ela chegue a preço justo na mesa da população. Ele continua jogando a semente no chão e a olhar para o alto, porque é de lá que vem a força que move nosso herói do campo, que enfrenta as intempéries para colocar o alimento na nossa mesa.


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