Desvio de função

Editorial
Guaíra, 1 de maio de 2016 - 08h08

Quem assistiu à explanação da Professora em Direito Penal diante dos Senadores, na tarde da última quinta-feira, saiu entre assustado e deslumbrado.

A professora provou que sabe tudo da constituição brasileira mas, foi, em algumas passagens, dramática e infantil.

Usou e abusou do pronome “EU” e contou várias passagens de sua vida particular, incluindo aí que é xingada nas redes sociais. Há, como ela disse, quem a chamasse de “pastora” ou “mãe de santo”.

Em dado momento, diante dos senadores, chorou ao se lembrar dos “brasileirinhos” que estão desvalidos e que terão um futuro incerto.

Só para lembrar, a professora Janaína Paschoal é autora do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff em conjunto com os advogados Hélio Bicudo e Miguel Reali.

O vídeo mostra seu discurso completo, mas é a partir do minuto quatro que Janaína começa a fazer alusões ao poder de uma cobra, provavelmente referindo-se a Lula e começa a se comportar de forma estranha elevando e abaixando a voz.

Um leitor que assistiu à cena disse que neste momento, a despeito do aplauso dos mais radicais, alguns professores e alunos se entreolhavam e não acreditavam no que viam. Uns, inclusive, teriam ido embora do ato em favor do impeachment, reclamando da exposição constrangedora da professora e dizendo: “infelizmente esse é o retrato do impeachment.

Acontece que ela se comporta como se estivesse diante de seus alunos e que teria, a qualquer custo, chamar-lhes a atenção para a matéria que estava expondo.

Antes de falar com os senadores, fez alguns exercícios de alongamento e deu munição para a senadora Gleici dizer que não entendeu nada de sua explicação.

No entanto alguns adoraram a performance da professora. Afinal o mundo vive disso: de contradição.


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