Amanhã, dia 20 de Novembro, é dia de comemorar e refletir sobre a “Consciência Negra”. O assunto já é polêmico, a começar pela abertura ou não do comércio. E polêmico também porque nem todas as cidades aderiram a ser feriado ou não.
Mas, independente de paralisar ou não, tudo é uma questão de “Ponto de Vista”. Abaixo transcrevemos um depoimento de um africano, que reside há mais de 30 anos no Brasil. Ele diz assim:
“Desde que cheguei ao Brasil, comecei a prestar atenção: no tempo da escravidão os índios brasileiros eram chamados de ‘negros da terra’. Posteriormente foi abolida a palavra ‘negro’ para os índios, porque proibiram a escravidão dos índios. O Brasil usa palavras como: lista negra, dia negro, vala negra, magia negra, câmbio negro, mercado negro, peste negra, buraco negro, ovelha negra, humor negro, nuvem negra, passado negro, futuro negro… Tudo que é negro é relacionado com coisas negativas. Por que isso? Quando ele quer valorizar qualquer coisa ele diz: ‘preto’. O carro dele é preto, não é negro. Ele usa a palavra ‘preto’. Entendeu? Ele toma café preto e quando ganha na loteria diz que ganhou uma nota preta! O ponto de vista do tal cidadão termina por aqui, mas, algumas pessoas convencionaram em definir ‘negro’ como raça, assim como o ‘amarelo’ também é uma raça, e preto seria apenas uma cor.”
Independentemente do ponto de vista deste cidadão que reside no Rio de Janeiro, ou de qualquer outro que já tenha um ponto de vista definido, o ser humano de qualquer cor e qualquer origem merece o nosso o respeito e toda consideração do nosso jornal e reiteramos o que está escrito na nossa constituição: Todo cidadão é igual perante a Lei!