A sociedade exige o fim das super aposentadorias do Executivo, Legislativo e Judiciário que correspondem a 149 milhões de reais por ano. Exige ainda a cobrança das empresas devedoras cujas dívidas passam dos 420 bilhões de reais.
No calor sobre a discussão da reforma da previdência, se ouve muita coisa. E como não poderia deixar de ser, neste meio há muita bobagem.
Há um problema real que tem que ser resolvido. Até 2060, a diferença do que entra para o que sai das contas da Previdência será de 2,4 trilhões de reais. Isso na previdência privada. Na previdência do sistema do funcionalismo público, o buraco é ainda pior: 2,6 trilhões de reais, mesmo possuindo 5 vezes menos pessoas.
É uma dívida três vezes maior do que o PIB. Ou seja, pra pagar essa conta, mesmo se vendêssemos tudo no Brasil, só teríamos dinheiro para pagar um terço da conta.
Acredite, enfiar a cabeça debaixo da cama e rezar que ele desapareça não irá funcionar.
O governo, para resolver o problema, ao invés de mirar no funcionalismo público, mira na camada mais pobre da população.
Os funcionários públicos se dividem de acordo com a ideologia. Os de esquerda miram nas super aposentadorias e nas dívidas das empresas com o INSS. Os de direita miram os trabalhadores rurais.
É aquela situação complicada onde todos estão com a razão. Mas todos também não têm razão. Mas alguns argumentam que: A previdência não tem déficit; Se as empresas com débito com o INSS regularizasse suas contas, o problema estaria resolvido; Deveria se acabar com as super-aposentadorias; O problema todo está nas aposentadorias rurais, resolveu-se pagar então uma aposentadoria mínima aos trabalhadores rurais, inclusive aos que nunca contribuíram. O governo viu isso como questão social, com uma certa razão. Mas isso gerou um rombo anual de 105 bilhões de reais à previdência; Impor uma idade mínima de aposentadoria afeta os mais pobres…
Em resumo, é fundamental a discussão sobre o tema. Mas que se apresente argumentos bem fundamentados e que funcionem no mundo real!