ERRAR É HUMANO

Editorial
Guaíra, 12 de outubro de 2022 - 10h48

Esta semana fomos surpreendidos com a notícia através das redes sociais, que nossa equipe de judô não pode participar dos jogos abertos realizados na cidade de São Sebastião. Foi o estopim para inundar as redes sociais  com  vários comentários sobre o assunto.

 

Nossos judocas muitas vezes se preparam para este evento devido a sua visibilidade, as dietas, as corridas fazem parte do ritual para chegar com peso ideal para competição, criam expectativas que são frustradas quando nem sequer podem competir, por causa de um erro protocolar do regulamento da competição.

 

É um fato que os atletas não puderam competir, como também é verdadeiro que a inscrição online foi realizada, mas ao que tudo indica outras  etapas de efetivação não foram cumpridas, fatos estes que serão esclarecidos ao término de uma sindicância que o prefeito  já anunciou e autorizou. 

 

Sem o intuito de “passar pano”, gostaríamos de confrontar o ocorrido com o que acontece na iniciativa privada. Quando um CEO ou um gerente comete um erro  na iniciativa privada, o que mantém seu status de bom gestor é o conjunto da obra. Já no setor público um erro é visto como pecado capital, onde a pessoa que assume um cargo público tenha que ser infalível, dentro de um sistema que muitas vezes está cheio de vícios e processos mal resolvidos. E aqueles que assumem o risco e o desafio de um cargo público estão sujeitos a falhas e contam com a colaboração dos mais experientes, normalmente cargos de carreira (concursados).

 

O setor público precisa e deve prezar pela eficiência, e precisa apurar com acuidade a falta dela, que gera prejuízo ao erário injustificáveis e frustram as expectativas daqueles que precisam do serviço público. É cedo para apontar culpados. Talvez ao término das aferições que serão feitas, se conclua que a maior culpa seja do próprio sistema, que precisa da boa vontade de funcionários de outros setores, porque simplesmente não existe um funcionário devidamente capacitado para desenvolver a médio e longo prazo certas funções, que certamente aumentaria a eficácia e eficiência do setor público. Vamos aguardar, afinal “quem nunca errou nunca experimentou nada novo” Albert Einstein.

 


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