Estão revoltados

Editorial
Guaíra, 7 de maio de 2017 - 09h57

Quando o ministro Edson Fachin decidiu expor todos os nomes da lista dos parlamentares envolvidos nos depoimentos dos delatores da Odebrecht. Francisco Zavascki, filho do ex-ministro Teori Zavascki, morto em um desastre aéreo, deu um conselho a Fachin: “Proteja-se física e espiritualmente porque sou testemunha do tanto que meu pai sofreu por causa desse processo”.

Parece que a decisão de Fachin realmente revoltou a banda podre que é composta por aqueles que não queriam a divulgação da lista.

A tal ficha foi publicada mas o calvário de Edson Fachin continua. Agora a decisão do ministro de empurrar para o plenário o habeas corpus de Antonio Palocci causou irritação generalizada na segunda turma do Supremo, que originalmente trata da Lava Jato. O único que neste momento atua como bombeiro no impasse é o decano Celso de Mello.

Integrantes e assessores da corte não economizaram críticas a Fachin. Disseram que ele deu provas de que não tem “calosidade” para ocupar a posição em que está. Houve ainda ironia pelo fato de a decisão ter sido combinada com a presidente do Supremo, Carmen Lúcia.

Advogados da Lava Jato aproveitaram para jogar ainda mais gasolina no episódio, dizendo que Edson Fachin descredibilizou a segunda turma. Integrantes da corte não minimizaram o incômodo e fizeram questão de lembrar que, ganhando ou perdendo no plenário, Fachin terá de conviver com a segunda turma até o fim da Lava Jato.

Acontece que o Brasil inteiro está de olho nos acontecimentos e nos votos dos ministros, basta dar uma olhadinha nas postagens das redes sociais, como o Facebook, por exemplo. Os ministros da segunda instância estão sendo massacrados, principalmente Gilmar Mendes, prova mais do certa de que Fachin precisa mesmo cuidar de sua integridade física.


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