Quem assistiu à entrevista que os jornalistas deram a uma emissora de televisão,na presença do Presidente da República, puderam notar com certa facilidade que a entrevista que deveria ser do convidado, deu lugar a vários cortes e interrupções que resultou em mais tempo para quem estava entrevistando ao invés do entrevistado.
Como já dissemos em outras ocasiões, nessas eleições muitos daqueles que ficaram em casa e perderam empregos e empresas,irão dar um vai para casa para muitos que colaboraram com tudo isso. Acontece que muitas dessas pessoas, ao assistir a telenovela mexicana disfarçada de entrevista com o atual Presidente da República do Brasil, protagonizada na telinha esta semana, quase quebraram o aparelho quando a apresentadora complementou a frase da campanha feita por grande parte dos seus “funcionários” do, FIQUE EM CASA,e incluiu um, SE PUDER.Quem viveu este momento(lockdown) está convicto que este complemento nunca existiu.
Na terça (ontem) a entrevista com outro candidato, quanta candura e gentileza que dispensa comentários , um prenúncio de como devem ser as outras entrevistas, deixando claro que esta eleição será um contra todos e todos contra um.
Um verdadeiro “show”, na tentativa de subestimar a inteligência do brasileiro e principalmente acreditar em uma amnésia coletiva que não existe mais.O ouvinte que deveria ser o entrevistado na medida do possível,tentou esclarecer vários fatos a quem estava assistindo, claro, sempre interrompido, pelos apresentadores. Enfim, só faltou o fundo musical para completar a bem construída dramatização, somadas à desenvoltura teatral de seus apresentadores.
O importante de tudo isso, é que todos já sabiam que isto ia acontecer, só queríamos saber como seria.Afinal o que esperar de uma empresa que fica frente a frente com alguém que lhe tirou alguns bilhões de reais de verbas de publicidade vindas de estatais que hoje dão lucro.Com certeza os sorrisos, caras e bocas não poderiam ser nada sinceros.
O gigante, como dizia aquela propaganda de whisky, despertou do seu sono profundo, ou melhor, se libertou da hipnose sutil, que todos os dias envadia nossas casas, e embalava o berço,para não despertarmos desse sono profundo. Deu ruim. Acabou.Felizmente. Que saudades do Jô Soares, esse sim sabia conduzir com inteligência, respeito e elegância seus convidados.