MANIPULAÇÃO SUTIL

Editorial
Guaíra, 7 de julho de 2024 - 09h47

Em um mundo onde a imagem pública se tornou um ativo valioso, a construção de narrativas terceirizadas para proteger essa imagem é uma prática que merece uma análise crítica e cuidadosa. O que dizer de uma pessoa que, de maneira sutil e calculada, manipula as percepções públicas para minimizar o impacto de acontecimentos desagradáveis sobre sua reputação? Essa estratégia, embora aparentemente inofensiva, levanta questões éticas profundas e pode ter consequências significativas para a sociedade.

Essa “arte” envolve a criação de histórias e discursos que desviam a atenção do público, distorcem a verdade ou apresentam meias-verdades de maneira a moldar a opinião pública de forma favorável. Uma prática que não apenas engana, mas também dilui a responsabilidade, criando um ambiente onde a verdade é constantemente questionada e a confiança nas instituições é corroída. Quando a manipulação se torna uma norma, o ambiente político e social se torna tóxico, dificultando a distinção entre o que é real e o que é fabricado.

Nem mesmo ex-parceiros escapam da defenestração que lhes é imposta, sutilmente operada nas sombras e de difícil detecção pela maioria das pessoas. As narrativas são cuidadosamente construídas para parecerem autênticas, utilizando fatos selecionados e interpretações convenientes. Essa abordagem permite que a pessoa ou instituição em questão mantenha uma fachada de integridade, enquanto manipula as percepções de maneira quase imperceptível. A eficácia dessa estratégia é amplificada pela proliferação das redes sociais e pela velocidade com que a informação se espalha no mundo digital.

A sociedade deve estar vigilante e questionar as narrativas que lhe são apresentadas, buscando sempre a verdade por trás das aparências. Tenha sempre em mente aquela propaganda da Folha de São Paulo na década de 80, onde o filme começa com um ponto de uma foto granulada e, enquanto a figura se constrói no vídeo, uma voz narra o que o personagem fez e, ao final, surge Adolf Hitler e o texto informa que é possível contar mentiras dizendo só verdades. Um exemplo que ilustra como é possível contar uma série de verdades e, ainda assim, enganar o público ao omitir informações cruciais ou ao apresentar os fatos de maneira tendenciosa.

Assim, desconfie, analise e junte os pontos, para que você possa visualizar com mais nitidez a imagem daqueles que tentam esconder suas limitações e frustrações por trás de uma imagem desfocada e com pontos bem abertos. Lembre-se, essa é uma armadilha daqueles que não têm competência para construir suas histórias e tentam desesperadamente destruir aqueles que já fizeram e continuam fazendo tanto para muitos, que construiram um legado. 


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