Nos últimos dias temos acompanhado as polêmicas geradas em relação à causa animal, envolvendo protetoras, governo, vizinhos e a legislação.
A legislação que se tornou implacável com quem maltrata os bichinhos, punindo-os com rigor, é omissa para quem trabalha em sentido contrário cuidando e acolhendo estes mesmos animais. Falta incentivo para aqueles que se desdobram, com rifas, pedágios e outros meios para angariar fundos para alimentar os recolhidos, sobram leis, protocolos e reclamações.
Ninguém é obrigado a gostar desse ou daquele animal, muito menos conviver ao lado de quem abriga 30 ou 40 animais, isto é uma questão de foro pessoal,e para isso existe a legislação para dirimir possíveis conflitos. Não adianta dizer que uns gostam de menos e outros gostam demais, que é transferência de afetividade ou covardia de pessoas mal resolvidas que descontam nos bichinhos as suas frustrações,não adianta dizer que em muitos municípios este problema se arrasta a anos porque alguns gestores não visualizam o tamanho do problema, chegando ao ponto de alguns terem uma visão miupe, que a causa animal não traz votos.
Nesta edição trazemos o exemplo da cidade de Olímpia que encontrou o equilíbrio necessário para resolver ou pelo menos amenizar esta difícil equação. E sinceramente esperamos que este lugar que leva o nome do protetor dos animais São Francisco de Assis, continue atuando da forma que se propôs, pois sem dúvida é um exemplo para região que com união é possível se chegar a um projeto que agrade a gregos e troianos, e o mais importante os bichinhos.
O que realmente precisamos é sentar e descobrir uma solução razoável que atenda todas as demandas ou pelo menos a maioria delas, pois não se trata de uma causa que precise invocar São Expedito, aquele que atende às causas impossíveis. Se outros já conseguiram, caminhar no mesmo sentido.