Pelo andar da carruagem, o guairense, o paulistano e o brasileiro, enfim, todos nós, não estamos preparados para a mudança que tanto almejamos. Não estamos preparados para uma revolução, a tal transformação seja ela comportamental, cultural ou conceitual. Nós não estamos preparados para ter e morar em um país melhor e a prova aí está quando não soubemos aproveitar a oportunidade que os caminhoneiros deram para toda população do Brasil.
Não aplicamos o exemplo que os “irmãos da estrada” deram, parando o país para reivindicar que se abolissem os pesados impostos dos combustíveis. Ao invés de nos unirmos a eles, engrossando o número de paralisações, muitos de nós gastamos nossos tempos em uma fila esperando que o combustível chegasse aos postos. Todos tinham um motivo para “encher o tanque”, mesmo que para isso estourássemos o cheque especial ou o cartão de crédito!
E os motivos eram e ainda são fundamentais: consultas médicas, filhos para serem transportados para a escola, para a natação, para o ballet, para o inglês. Deixamos nas mãos dos ministros e outros parlamentares a solução da grande paralisação. Não soubemos aproveitar a “deixa” dos caminhoneiros, não nos solidarizamos com eles, e ainda não sabemos a força que temos. O que fica claro, depois de tudo isso é que, o individualismo e o egoísmo de cada um de nós fala mais alto que a nossa cidadania.